sexta-feira, 16 de outubro de 2015

AEROBIOS CONTINUOS.... MAIS OU MENOS , FAZ DIFERENÇA?

Algumas pessoas conhecem o estudo DREW, outras nem tanto. De qualquer modo, um ponto importante, é que a realização de exercícios aeróbios contínuos foi colocada em xeque durante esta investigação! 464 mulheres de 45 a 75 anos, pos-menopausa, foram randomizadas em 4 grupos distintos, sendo um deles o controle. Nos outros 3 grupos, a meta era se exercitar ATÉ usar determinada quantidade de calorias relativas à massa corporal. Assim:
1) o grupo “recomendação” treinou até atingir 8kcal/kg/semana, ou seja, uma mulher de 75kg deveria se exercitar até “usar” 8x75 = 600 kcal em uma semana, p.ex., 2 sessões de 300 kcal.

2) O grupo “abaixo” treinou até atingir 4kcal/kg/sem, 50% abaixo das recomendações
3) O grupo “acima” treinou até atingir 12kcal/kg/sem, 50% acima das recomendações
Os treinos? 6 meses, de 3 a 4 x/semana, todas com supervisão diária, em esteiras elétricas ou bicicletas horizontais ;-) Depois de 6 meses, não houve nenhuma diferença entre os grupos para mudança na massa corporal. Isto mesmo, quem treinou 50% ACIMA da recomendação não diminuiu “um grama” a mais em relação a quem não fez nada! Inclusive, ficou claro que treinar mais não significa “emagrecer” mais, dada a diferença entre mudança de peso predita e real!
Quem não treinou NADA emagreceu 0,9 kg, quem treinou abaixo da recomendação emagreceu 1,4kg, quem ficou na recomendação emagreceu 2,1 kg e quem treinou ACIMA da recomendação emagreceu...1,5kg. E as diminuições na circunferência da cintura? Entre 2 e 3 cm para quem treinou, independente da “quantidade”. Ah, quem treinou “mais” também compensou mais. Ah, compensou como? Comendo? Não é o que os dados demonstram: a redução da ingesta calórica foi significante em todos os grupos, na casa das 200 kcal.
No fim das contas, vale a pena tomar cuidado com as “recomendações”, pois pode ser q o pior jeito de “eliminar” tecido adiposo seja “usar” tecido adiposo no exercício... Mas isto é papo para outra história!
Church et al. (2009) PLoS ONE 4(2): e4515. 

(FABRICIO BOSCO)

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