sexta-feira, 3 de maio de 2024

ESTUDO AVALIOU O IMPACTO DO ENVELHECIMENTO NA QUALIDADE MUSCULAR DE PESSOAS QUE FAZEM OU NÃO ATIVIDAE FÍSICA

Estudo de St-Jean-Pelletier (2017), avaliou o impacto do envelhecimento na qualidade muscular, conteúdo mitocondrial e gordura intramuscular de pessoas que faziam ou NÃO atividade física.
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Foram analisados jovens (20-30 anos); meia-idade ativos e sedentários (50-65 anos); adultos mais velhos ativos e sedentários (65 + anos) e idosos pré-frágeis (65 + anos).
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Os resultados mostraram que apenas os idosos sedentários (frágeis ou não) apresentaram menor proporção de fibra tipo II, menor conteúdo mitocondrial (independentemente do tipo de fibra) e maior quantidade de gordura intramuscular.
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Indicando que o exercício provoca um efeito protetor no músculo, onde idosos ativos conseguem ter a mesma qualidade muscular que jovens e adultos de meia idade.
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Fonte: The impact of ageing, physical activity, and pre-frailty on skeletal muscle phenotype, mitochondrial content, and intramyocellular lipids in men, St-Jean-Pelletier et al. 2017.

RISCO DE CANCER DE PROSTATA CAI 35% PARA QUEM SE EXERCITA

O risco de ter câncer de próstata pode cair em até 35% para homens que praticam exercícios físicos, sugere um estudo de médicos e especialistas em saúde coletivo realizado na Suécia.
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Publicado na BJS Medicine, o estudo mostrou que praticantes de musculação, corrida, ciclismo e outras atividades que aumentam a capacidade cardiorrespiratória diminuem os riscos de desenvolverem #tumores. Cerca de 57 mil homens suecos foram acompanhados entre 1982 e 2019 com testes de exigência física em #bicicleta ergométrica.
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Os voluntários fizeram testes a cada cinco anos na mídia para que o desempenho fosse acompanhado. Os exames de saúde deles foram monitorados até 2020. Entre o grupo, 592 desenvolveram câncer de próstata e 46 deles morreram em decorrência de tumor. Comparando os desempenhos, o pesquisador concluiu que a maioria dos atingidos eram homens sedentários no período. Os homens que perderam em média 3% ou mais de condicionamento físico a cada ano, tiveram chances 16% maiores de ter câncer de # próstata em relação àqueles que conseguem manter desempenhos semelhantes entre um teste e outro. Aqueles que melhoraram o desempenho físico em 3% a cada ano, evitaram o risco de ter câncer em 35%.

EXERCÌCIO PODE SER MAIS EFICAZ QUE MEDICAMENTO NA SAÚDE MENTAL

Recente estudo de Ben Singh (2023), que analisou 97 revisões que incluíam 1.039 estudos com 128.119 participantes, mostrou que a atividade física é altamente benéfica para melhorar sintomas de depressão, ansiedade e angústia em uma ampla gama da população adulta, incluindo pessoas com transtornos mentais e doenças crônicas. Mostrando ser mais eficaz que alguns medicamentos.
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Sugerindo que a atividade física deva ser uma abordagem ESSENCIAL no manejo da depressão, ansiedade e sofrimento psicológico.
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Não esquecendo que somente o médico, após uma avaliação criteriosa, poderá definir qual a melhor estratégia para o paciente.

Fonte: Effectiveness of physical activity interventions for improving depression, anxiety and distress: an overview of systematic reviews, Ben Singh et al. 2023.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

DOR NO QUADRIL, POSSO TREINAR?

Recente meta-análise de Marriott (2024), analisou 280 estudos para avaliar o efeito da musculação na melhora da dor e função física em pessoas com osteoartrite (OA) de joelho e quadril.
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Os resultados mostraram que a musculação com duração de 3 a 6 meses (e para joelho >6 a <12 meses) melhoram a dor e função física. As melhorias não dependem de adesão rígida a nem de uma dose específica.
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Mostrando que a musculação tem papel fundamental para a boa recuperação desses pacientes.
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Agradecimento especial ao amigo e excelente médico @drvonmuhlen por enviar o estudo.

Fonte: Are the Effects of Resistance Exercise on Pain and Function in Knee and Hip Osteoarthritis Dependent on Exercise Volume, Duration and Adherence? Marriott et al., 2024.

IMERSÃO EM AGUA GELADA APÓS O TREINO PREJUDICA HIPERTROFIA

Recente meta-análise de Pinero (2023), que analisou 8 estudos sobre o assunto mostrou que imersão em água fria (IAF) tem efeito prejudicial na hipertrofia quando realizados logo após a musculação.
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Portanto, utilize com cuidado o IAF se o objetivo for o desenvolvimento muscular.

Fonte: Throwing cold water on muscle growth: A systematic review with meta-analysis of the effects of post-exercise cold water immersion on resistance training- induced hypertrophi Pinero et al. 2023.

GANHO MUSCULAR TEM EFEITO ANTI-OBESIDADE E ANTI-DIABETES

Recente estudo de Wackerhage (2024), mostra que o ganho muscular tem efeito anti-obesidade e anti-diabetes. Por outro lado, a perda muscular resulta em ganho de gordura e piora no equilíbrio da glicose.
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Isto sugere que as intervenções que aumentam ou previnem a perda muscular, como a musculação, não são apenas estéticos, mas têm benefícios metabólicos que podem ser tratamentos clinicamente significativos para bilhões de mulheres e homens com excesso de peso, ou com obesidade e diabetes tipo 2.

Fonte:Turning fat into muscle: can this be an alternative to anti-obesity drugs such as semaglutide? Wackerhage et al. 2024.

QUALIDADE MUSCULAR E ENVELHECIMENTO

Estudo de St-Jean-Pelletier (2017), avaliou o impacto do envelhecimento na qualidade muscular, conteúdo mitocondrial e gordura intramuscular de pessoas que faziam ou NÃO atividade física.
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Foram analisados jovens (20-30 anos); meia-idade ativos e sedentários (50-65 anos); adultos mais velhos ativos e sedentários (65 + anos) e idosos pré-frágeis (65 + anos).
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Os resultados mostraram que apenas os idosos sedentários (frágeis ou não) apresentaram menor proporção de fibra tipo II, menor conteúdo mitocondrial (independentemente do tipo de fibra) e maior quantidade de gordura intramuscular.
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Indicando que o exercício provoca um efeito protetor no músculo, onde idosos ativos conseguem ter a mesma qualidade muscular que jovens e adultos de meia idade.

Fonte: The impact of ageing, physical activity, and pre-frailty on skeletal muscle phenotype, mitochondrial content, and intramyocellular lipids in men, St-Jean-Pelletier et al. 2017.