quinta-feira, 24 de setembro de 2020

AGACHAMENTO SMITH

 "AGACHAMENTO SMITH”

@coimbra

O Smith oferece uma grande variação de ajustes como: posição dos pés, joelhos, quadril, coluna, ombros.
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đŸ‹đŸ»‍♀️Em sua estrutura existem algumas diferenças entre algumas marcas do nível de inclinação dos trilhos da Barra que podem variar de 3° graus até 7°graus de inclinação.
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📊📈O autor Biscarini et.al. 2013 “Joint Torques and Joint Reaction Forces During Squatting With a Forward or Backward Inclined Smith Machine”. Desenvolveu um modelo do corpo humano para calcular as forças e torques direcionados as articulações dos JOELHOS e do QUADRIL no agachamento no Smith.
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Em resumo:
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📌A inclinação da Barra para Trás proporciona um aumento do torque e das forças compressivas Tibiofemoral e Patelofemoral associada a redução de torque no Quadril e Lombossacral.
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📌A inclinação da Barra para Frente proporciona um aumento do torque no Quadril e Lombossacral relacionada a uma diminuição do torque dos joelhos e das forças compressivas Tibiofemoral e Patelofemoral.
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Ou seja: VAI AGACHAR NO LIVRE đŸ€Ź e só use o Smith para REABILITAÇÃO ou AFUNDO. (Ponto final) que comecem os MIMIMI’s 😂😂😂
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#personal #saude #empreendedorismo #PERSONAL.S.A. #academia #cardio #força #hipertrofia #biomecanica #fisiologia

EXERCÍCIO FÍSICO PÓS COVID 19

 Houve bastante gente infectada pelo novo coronavirus. Felizmente a maioria se recuperou (por mais que a mĂ­dia, em geral, foque em mortes, oficialmente sĂŁo mais de 3,5 milhĂ”es recuperados). O COVID-19 Ă© essencialmente uma doença do sistema respiratĂłria, mas vĂĄrios sistemas sĂŁo afetados e hĂĄ reduçÔes na função fĂ­sica, pulmonar, redução na qualidade de vida, estresse, etc. O exercĂ­cio pode ajudar muito, e deve começar o quanto antes! A recomendação Ă© que jĂĄ inicie durante a prĂłpria internação, inclusive começar dentro dos 30 dias apĂłs a fase aguda estĂĄ associado aos melhores resultados (Barker-Davies et al., 2020).

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Baseando-se em doenças similares, estima-se que muitos cuja função pulmonar tenha sido afetada permanecerão com debilidade física e respiratória por mais de 1 ano, e o exercício físico é parte central do tratamento! Outro sistema bem afetado é o cardiocirculatório, com relatos de arritmias, miocardite e inflamaçÔes vasculares. Apesar de ser importante respeitar as recomendaçÔes de repouso no caso da miocardite, não hå contraindicação para a maior parte dos problemas e um programa de exercícios aumentarå a funcionalidade, qualidade de vida e reduzirå o risco de demais complicaçÔes.
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O foco deve ser em aliviar a dispineia, estresse psicológico, melhorar a função física e qualidade de vida. O exercício precisa ser individualizado e supervisionado, especialmente quando houver dificuldade em respirar, dores no corpo, dores de cabeça, tosse, febre e fadiga. Normalmente, serå necessårio reduzir a sobrecarga cardiorrespiratória, tornando prudente o treino de força com menos repetiçÔes (que inclusive é sugerido vir antes do aeróbio) e as atividades aeróbias curtas e de baixa intensidade.
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As aulas sobre imunidade e saĂșde cardiovascular no Nerdflix (baixe o app para seu celular) ajudarĂŁo muito, inclusive para pessoas infectadas e assintomĂĄticas, jĂĄ que o exercĂ­cio pode fortalecer a imunidade! O artigo estarĂĄ no meu grupo do Telegram. Para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil
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(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
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Barker-Davies RM, O'Sullivan O, Senaratne KPP, et al. The Stanford Hall consensus statement for post-COVID-19 rehabilitation. Br J Sports Med. 2020;54(16):949-959. doi:10.1136/bjsports-2020-102596

AGACHAMENTO NO SMITH RECRUTA MENOS MUSCULOS E É MENOS NATURAL

 Nas aulas sobre exercĂ­cios de membros inferiores eu discuto sobre diversos exercĂ­cios em uma perspectiva de custo benefĂ­cio (veja mais baixando o aplicativo “Nerdflix” no seu celular), um exemplo Ă© o agachamento Smith!

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Com relação Ă  ativação muscular, o grupo de Schwanbeck analisou a atividade eletromiogrĂĄfica de diversos mĂșsculos no agachamento livre e no Smith em pessoas treinadas e carga de 8RM. Apesar das cargas usadas no Smith serem maiores, a ativação muscular foi 43% maior no agachamento livre. Apesar das limitaçÔes inerentes a olhar unicamente a ativação, se juntarmos essas informaçÔes a demais anĂĄlises biomecĂąnicas, entendemos porque os autores sugerem que o movimento livre poderia trazer em longo prazo.
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Além da menor ativação muscular, o Smith impÔe uma trajetória linear, enquanto a trajetória da barra deveria ser algo como um "S". Isso distorce o padrão motor e torna difícil a realização adequada do movimento, gerando sobrecarga irregular. Isso fica claro na coluna, principalmente quando os pés são posicionados muito à frente. Outro ponto é que a sensação de segurança no Smith é ilusória, pois hå diversos relatos de lesÔes graves e até mortes nessa måquina.
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Por esse outros motivos, eu sempre prefiro o livre, conforme explico no Nerdflix. Em minha opiniĂŁo seu uso deve ser visto como exceção, e nĂŁo regra. Eu creio que ele deveria ser especialmente evitado para iniciantes ou pessoas que nĂŁo tenham vivĂȘncia no agachamento livre, pois a falta de consciĂȘncia motora pode aumentar o risco de lesĂ”es e prejudicar o aprendizado do movimento correto no futuro (certamente vocĂȘ conhece pessoas que acumular tantos vĂ­cios que fica difĂ­cil ensinar).
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Recomendo muito olhar as aulas sobre variaçÔes de agachamento e leg press no Nerdflix (tanto no aplicativo quanto no site https://nerdflix.paulogentil.com/ )
(Paulo Gentil - www.PauloGentil.com)
Schwanbeck S, Chilibeck PD, Binsted G. A comparison of free weight squat to Smith machine squat using electromyography. J Strength Cond Res. 2009 Dec;23(9):2588-91.

BOAS NOTICIAS PRA QUEM NÃO PODE SE EXERCITAR TODO DIA

 Os benefĂ­cios da atividade fĂ­sica para saĂșde sĂŁo enormes e inquestionĂĄveis! No entanto, a vida nem sempre permite ter regularidade. Às vezes passamos boa parte do dia sedentĂĄrios e sobra pouco tempo para fazer algo. AliĂĄs, quando os estudos ou trabalham apertam acontece mesmo de ficar vĂĄrios dias sem conseguir nos exercitar, nĂŁo Ă© mesmo? SerĂĄ que essa perda de constĂąncia pode prejudicar a SaĂșde?

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Essa pergunta foi respondida por pesquisadores suecos, ao acompanhar pessoas acima de 50 anos por 15 anos (von Rosen et al., 2020a)! Entre os que tinham os menores escores de atividade (pouca atividade fĂ­sica e manutenção consistente de comportamento sedentĂĄrio), 28% possuĂ­am doenças crĂŽnicas e 20% morreram. JĂĄ entre os que realizam mais atividade fĂ­sica, mesmo com diversidade nos padrĂ”es (faziam muito exercĂ­cio em uns dias e pouco em outros), o percentual de pessoas com doenças crĂŽnicas caia para 18% e a mortalidade para 6%!! Lembrando que isso foi contado semanalmente, sem importar se vocĂȘ faz todo dia ou apenas de vez em quando!
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A constĂąncia Ă© importante para formar hĂĄbitos e criar rotinas (eu mesmo adoeço se passar um dia sem atividade fĂ­sica)! No entanto, Ă© importante preciso reconhecer que vida de novela sĂł existe para blogueiragem! NĂłs terrĂĄqueos temos dias bons e dias ruins. Ao invĂ©s de se culpar e desistir, a melhor coisa Ă©, sempre voltar aos bons hĂĄbitos e mandar ver nos treinos assim que as coisas melhorarem! É preciso começar e recomeçar sempre, pois nĂŁo hĂĄ nada pior do que ficar parado! Por falar nisso, aqui vai minha dose de motivação: esse mesmo grupo mostrou que substituir 20min atividade fĂ­sica moderada a intensa por 20min de sedentarismo aumenta a mortalidade em incrĂ­veis 26% (von Rosen et al., 2020b)! AlĂ©m disso, o risco dos mais sedentĂĄrios morrerem de cĂąncer aumenta 4,3 vezes e de problemas do coração aumenta 5,5 vezes em comparação com pessoas mais ativas (Dohrn et al., 2019). NĂŁo custa lembrar que existem opçÔes de treino para os mais variados ambientes e situaçÔes, mesmo em casa, escritĂłrio e em viagens! Conforme falamos na @franquiapersonall: o material mais importante para um bom treino Ă© o cĂ©rebro! Bora, levanta daĂ­!
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com )
Dohrn IM, Sjöström M, Kwak L, Oja P, Hagströmer M. Accelerometer-measured sedentary time and physical activity-A 15 year follow-up of mortality in a Swedish population-based cohort. J Sci Med Sport. 2018 Jul;21(7):702-707. doi: 10.1016/j.jsams.2017.10.035. Epub 2017 Nov 7. Erratum in: J Sci Med Sport. 2019 Mar;22(3):246. PMID: 29128418.
von Rosen P, Dohrn IM, Hagströmer M. Association between physical activity and all-cause mortality: A 15-year follow-up using a compositional data analysis. Scand J Med Sci Sports. 2020 Jan;30(1):100-107. doi: 10.1111/sms.13561. Epub 2019 Oct 27. PMID: 31581345.
von Rosen P, Dohrn IM, Hagströmer M. Latent profile analysis of physical activity and sedentary behavior with mortality risk: A 15-year follow-up. Scand J Med Sci Sports. 2020 Jul 2. doi: 10.1111/sms.13761. Epub ahead of print. PMID: 32615651.
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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

OBESIDADE, SAÚDE OU ACEITAÇÃO?

 Obesidade Ă© uma doença (CID 10-E66). Se alguĂ©m apresenta nĂ­veis elevados de pressĂŁo arterial ou glicemia Ă© hipertenso ou diabĂ©tico, respectivamente. Se alguĂ©m apresenta adiposidade elevada, Ă© obeso. Isso nĂŁo Ă© ofensa, Ă© diagnĂłstico.

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A obesidade estå entre as principais causas de morte do Mundo e aumenta o risco de diversas doenças, como hipertensão, diabetes e alguns tipos de cùncer (GBD, 2017). Dependendo do nível, uma pessoa obesa perde uma média 7,2 anos de vida em relação a uma pessoa com peso normal (Moore et al. 2012). Uma criança obesa tem 8 vezes mais chance de ter problemas cardiovasculares e um adolescente obeso tem um risco 3 vezes maior de se tornar um adulto invålido (Henriksson et al. 2019).
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Entretanto, aumento de risco não é certeza do evento. Assim como em outras doenças, poderemos encontrar pessoas com diferentes graus de comprometimento. Para ser mais claro, hå diabéticos, hipertensos e obesos longevos e felizes. No entanto, essa anålise individual não deve anular a preocupação com o fenÎmeno como um todo.
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Entendam que isso nĂŁo tem nada a ver com depreciação da imagem e sim com reconhecer um problema sĂ©rio e inquestionĂĄvel. É importante que se separem as coisas. Preconceito Ă© uma coisa, preocupação com a saĂșde Ă© outra. Empatia Ă© uma coisa, apologia Ă  doença Ă© outra. Como a obesidade tem um importante componente comportamental, deve-se entender atĂ© que ponto a lacração irresponsĂĄvel vai agravar um problema sĂ©rio de SaĂșde!
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VocĂȘ demonstra empatia pelo hipertenso elogiando sua pressĂŁo alta? Ao diabĂ©tico batendo palmas para sua glicemia descontrolada? Ou o faz ajudando-os a se cuidar? EntĂŁo, vamos ser mais responsĂĄveis com a saĂșde alheia, pois o “politicamente correto” pode estar induzindo pessoas a destruĂ­rem suas vidas!
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Sobre hipocrisia, eu critico padrĂ”es anorĂ©xicos e alerto para os perigos de comer pouco e se exercitar demais. TambĂ©m critico os mĂșsculos conquistados a base de hormĂŽnios, devido aos riscos! Portanto, sendo profissional que trata doenças crĂŽnicas, muitas das quais associadas ao excesso de peso (como diabetes, hipertensĂŁo, cĂąncer) eu seria muito hipĂłcrita se me calasse diante desse grave problema.
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(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
GBD 2017 Causes of Death Collaborators. Global, regional, and national age-sex-specific mortality for 282 causes of death in 195 countries and territories, 1980-2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. Lancet. 2018 Nov 10;392(10159):1736-1788. doi: 10.1016/S0140-6736(18)32203-7. Epub 2018 Nov 8. Erratum in: Lancet. 2019 Jun 22;393(10190):e44. Erratum in: Lancet. 2018 Nov 17;392(10160):2170. PMID: 30496103; PMCID: PMC6227606.
Henriksson P, Henriksson H, Tynelius P, Berglind D, Löf M, Lee IM, Shiroma EJ, Ortega FB. Fitness and Body Mass Index During Adolescence and Disability Later in Life: A Cohort Study. Ann Intern Med. 2019 Feb 19;170(4):230-239. doi: 10.7326/M18-1861. Epub 2019 Feb 12. PMID: 30743265; PMCID: PMC6814012.
Moore SC, Patel AV, Matthews CE, Berrington de Gonzalez A, Park Y, Katki HA, Linet MS, Weiderpass E, Visvanathan K, Helzlsouer KJ, Thun M, Gapstur SM, Hartge P, Lee IM. Leisure time physical activity of moderate to vigorous intensity and mortality: a large pooled cohort analysis. PLoS Med. 2012;9(11):e1001335. doi: 10.1371/journal.pmed.1001335. Epub 2012 Nov 6. PMID: 23139642; PMCID: PMC3491006.

ALONGAMENTO VS DESEMPENHO

 VocĂȘs jĂĄ viram aqui fatos sobre alongamento estĂĄtico como: nĂŁo previne lesĂ”es, prejudica o desempenho de força e potĂȘncia, reduz os ganhos de força e massa muscular. No entanto, ainda vemos pessoas alongarem antes de treinos e competiçÔes em diversas situaçÔes, desde esportes força atĂ© resistĂȘncia. Mas em todos os casos precisamos ter cuidado.

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Sobre ciclismo, Colosio et al. (2020) fizeram testes incrementais realizados antes e apĂłs alongamentos estĂĄticos e confirmaram que o alongamento promoveu redução de força. AtĂ© aĂ­ tudo bem. No entanto, a perda de força induziu os ciclistas a usar mais fibras para pedalar em uma determinada carga, levando-os a fadiga mais precocemente. AlĂ©m disso, o alongamento prĂ©vio foi associado a maiores nĂ­veis de lactato e de percepção de esforço; e o consumo mĂĄximo de oxigĂȘnio alcançado no teste foi menor quando havia alongamento prĂ©vio.
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Em erro comum nos esportes de endurance é achar que a força muscular tem pouca importùncia. No entanto, além de altos níveis de força ajudarem no desempenho, a perda de força ao longo da prova promover maior dificuldade em manter o ritmo e induz fadiga precoce (eu falo isso bem na aula sobre treinamento para corredores no Nerdflix).
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EntĂŁo, vamos entender que alongar nĂŁo Ă© necessĂĄrio e tampouco desejĂĄvel em muitos casos. NĂŁo Ă© uma questĂŁo de ser bom ou ruim! O problema Ă© que o alongamento (e a liberação miofascial) tĂȘm sido muito mal utilizados tanto na forma (estĂĄtico vs dinĂąmico; antes vs depois vs dias alternados) quando nos seus objetivos (prevenção vs tratamento vs ganhos de flexibilidade). Eu tenho aulas no Nerdflix em que detalho tanto a questĂŁo do alongamento e da liberação miofascial (vejam em https://nerdflix.paulogentil.com/ ou busque o aplicativo no seu celular).
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
Colosio AL, Teso M, Pogliaghi S. Prolonged static stretching causes acute, nonmetabolic fatigue and impairs exercise tolerance during severe-intensity cycling. Appl Physiol Nutr Metab. 2020 Aug;45(8):902-910. doi: 10.1139/apnm-2019-0981. Epub 2020 Mar 16. PMID: 32176851.

MUSCULAÇÃO É REMEDIO PARA IDOSOS

 O papel do exercĂ­cio como remĂ©dio estĂĄ cada vez mais evidente. E a parte boa Ă© que o exercĂ­cio trata diversas coisas ao mesmo tempo! Para dar um exemplo, trago um belĂ­ssimo trabalho coordenado pela professora AndrĂ©ia Cardoso, de ChapecĂł. No artigo publicado no Journal of Hypertension, mulheres de meia-idade, com ou sem hipertensĂŁo, fizeram 6 meses de musculação (Lammers et al., 2020) e foram avaliadas para diversos parĂąmetros de saĂșde. Importante destacar que as hipertensas vinham sendo tratadas hĂĄ pelo menos 5 anos e nĂŁo havia alteração nos medicamentos nos Ășltimos 2 anos, portanto, as eventuais mudanças poderiam ser atribuĂ­das ao exercĂ­cio. Ao final do estudo, houve redução no IMC, percentual de gordura e na pressĂŁo arterial das hipertensas. Outro ponto importante a se controlar para a saĂșde Ă© a inflamação, associada a diversos problemas cardiometabĂłlicos. Nesse aspecto, o estudo identificou aumento de marcadores anti-inflamatĂłrios (IL-10) e redução nos inflamatĂłrios (CRP), o que foi associado tambĂ©m a efeitos benĂ©ficos no sistema purinĂ©rgico.

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E aqui ainda vale lembrar outros “efeitos colaterais” que a musculação pode ter, como ganhos de força, aumentos da densidade mineral Ăłssea, controle de humor, melhoras na glicemia, redução do risco de morte por cĂąncer... enfim, Ă© tanta coisa boa que fica difĂ­cil entender como alguĂ©m pode nĂŁo se dedicar aos exercĂ­cios fĂ­sicos e mais doloroso ainda ver que ainda hĂĄ profissional de Educação FĂ­sica achando que o topo da profissĂŁo Ă© “botar o shape”.
ParabĂ©ns aos autores pelo belo trabalho, que os tiver nas redes sociais, por favor, os marquem aqui para receberem os parabĂ©ns. Vou enviar no meu grupo do Telegram, para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil. TambĂ©m recomendo fortemente que vejam as aulas sobre SaĂșde Cardiovascular no #Nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/, o link estĂĄ no perfil ou podem baixar o aplicativo)
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(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
Lammers MD, Anéli NM, de Oliveira GG, de Oliveira Maciel SFV, Zanini D, Mùnica A, de Resende E Silva DT, Bagatini MD, Sévigny J, De Så CA, Manfredi LH, Cardoso AM. The anti-inflammatory effect of resistance training in hypertensive women: the role of purinergic signaling. J Hypertens. 2020 Jul 15. doi: 10.1097/HJH.0000000000002578. Epub ahead of print. PMID: 32694341.

BENEFICIOS DE PULAR CORDA

 Em um artigo do nosso grupo, mostramos opçÔes para combater a inatividade fĂ­sica, mesmo em tempos de isolamento social (Souza et al., 2020 - @dancosta86 ). Entre as diversas possibilidades estĂĄ pular corda, uma atividade que jĂĄ foi muito popular, mas que acabou se tornando esquecida devido Ă  concepção high-tech-gourmet-Nutella que dominou o fitness (aqui temos que reconhecer o mĂ©rito do Crossfit, das artes marciais e outras modalidades que usam essa atividade). Para entenderem os benefĂ­cios que isso pode trazer, vou citar um estudo recente coordenado por amigo e pesquisador de altĂ­ssimo nĂ­vel, o Rodrigo Ramirez-Campillo, cujo primeiro autor Ă© GarcĂ­a-Pinillos (GarcĂ­a-Pinillos et al., 2020).

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Ramirez-Campillo (@rodrigoramirezca ) é reconhecido como uma das maiores autoridades do Mundo em treino pliométrico e nesse estudo ele propÔe pular corda como uma das variaçÔes. O estudo envolveu 96 corredores amadores (51 homens e 45 mulheres) que treinaram por 10 semanas. O treino de pular corda foi inserido no aquecimento dos corredores 2-4 vezes por semana, apenas 5min de atividade.
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Agora vem a parte legal! De acordo com os resultados, o treino de pular cordas melhorou a performance no teste de 3km, atuou positivamente no arco dos pĂ©s! AlĂ©m disso, houve aumento na performance do salto com contra-movimento, drop jump e Ă­ndice de força reativa! Olha que bacana, uma atividade simples, que vocĂȘ pode fazer em casa. Mas reparem que nĂŁo foi feito de qualquer forma. Os pesquisadores deram orientaçÔes sobre a forma adequada de pular corda, como usar os pulsos com movimento mĂ­nimo dos cotovelos, enfatizar altura do salto e tempo mĂ­nimo de contato com o solo. Os treinos foram intervalados (30:30) e havia progressĂŁo na intensidade (os mĂ©todos sĂŁo muito bons, recomendo a leitura).
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Veja que nĂŁo desculpas para nĂŁo ser ativo e entendam porque, na @franquiapersonall insistimos que “o material mais importante para um bom treino Ă© o cĂ©rebro”! Eu vou mandar os dois artigos no meu grupo do Telegram. Para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil.
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(Paulo Gentil – www.paulogentil.com )
GarcĂ­a-Pinillos F, Lago-Fuentes C, Latorre-RomĂĄn PA, Pantoja-Vallejo A, Ramirez-Campillo R. Jump-Rope Training: Improved 3-km Time-Trial Performance in Endurance Runners via Enhanced Lower-Limb Reactivity and Foot-Arch Stiffness. Int J Sports Physiol Perform. 2020 Mar 12:1-7. doi: 10.1123/ijspp.2019-0529. Epub ahead of print. PMID: 32163923.
Souza D, Coswig V, de Lira CAB, Gentil P. H″IT″ting the Barriers for Exercising during Social Isolation. Biology (Basel). 2020 Aug 24;9(9):E245. doi: 10.3390/biology9090245. PMID: 32847134.

KETTLEBELL , UMA BOA OPÇÃO PARA TREINO?

 O resgate de recursos e materiais “nĂŁo convencionais” estĂĄ trazendo muitos benefĂ­cios ao trazer opçÔes diversificadas para a prĂĄtica de atividade fĂ­sica. Um exemplo disso Ă© o treino com Kettlebell. Aqui no Brasil temos um grande pesquisador nesse tema, o Rodrigo Luiz Vancini (@rlvancini ), que jĂĄ havia mostrado benefĂ­cios desse tipo de treino como melhora na capacidade e potĂȘncia aerĂłbia, aumento da força e na potĂȘncia muscular (Rufo-Tavares et al., 2019; Vancini et al., 2019). AlĂ©m disso, o treinamento com Kettebell pode atuar positivamente em outros aspectos importantes, como o humor! Nesse sentido, trago um trabalho coordenado pelo Vancini em que tive a honra de participar.

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No trabalho, o treino foi realizado 3xsemana, durante 12 semanas e dividido em 4 fases. Interessante destacar que, como as participantes nĂŁo tinham experiĂȘncia, as 2 primeiras semanas foram dedicadas Ă  aprendizagem e adaptação. Os treinos foram simples, realizados com alternĂąncia de agachamentos e balanços (swings) com 30s de exercĂ­cio por 30s de intervalo. Todos os treinos forma supervisionados. A carga começou em 8kg e progrediu de acordo com a capacidade individual. Agora, vem a parte interessante! De acordo com os resultados, os nĂ­veis de depressĂŁo reduziram em 22% apĂłs o treino!
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Olhe que bacana, mais uma opção para quem gosta ou precisa variar os treinos e usar meios alternativos para se manter saudĂĄvel fĂ­sica e mentalmente! Mais uma vez a questĂŁo nĂŁo Ă© “o que” fazer e sim “como fazer”. Eu vou enviar o artigo no meu grupo do Telegram, para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil. Se quiserem ver mais trabalhos sobre Kettlebell, recomendo pesquisar o trabalho do Vancini .
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Aproveito e deixo o convite para baixarem o aplicativo “Nerdflix”, lĂĄ vocĂȘ poderĂŁo ver mais de 100 aulas que o ajudarĂŁo a fortalecer o material mais importante para um bom treino: o cĂ©rebro!
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com )
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Rufo-Tavares, W., Barbosa Lira, C.A., Andrade, M.S., Zimerer, C., Leopoldo, A.S., Sarro, K.J., Gentil, P., Nikolaidis, P.T., Rosemann, T., Knechtle, B., Vancini, R.L., Effects of kettlebell training and detraining on mood status and sleep and life quality of healthy women, J Bodywork Mov Therapies, https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2020.07.006. (ver em https://www.paulogentil.com/2020/08/10/effects-of-kettlebell-training-and-detraining-on-mood-status-and-sleep-and-life-quality-of-healthy-women/ )
Rufo-Tavares, W., Lira, C.A.B., Zimerer, C., Andrade, M.S., Leopoldo, A.S., Perez, A.J., Vancini, R.L., 2019. Short-term detraining is not enough to reduce positive adaptations of kettlebell training on power and strength variables in physically active women. Gazz. Med. Ital. - Arch. Sci. Med.
Vancini, R.L., Andrade, M.S., Rufo-Tavares, W., Zimerer, C., Nikolaidis, P.T., de Lira, C.A.B., 2019. Kettlebell Exercise as an Alternative to Improve Aerobic Power and Muscle Strength. J. Hum. Kinet. 27, 5–6.