quinta-feira, 20 de setembro de 2018

PUXADOR ATRAS DA CABEÇA PODE?

Puxador atrás da cabeça pode?
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É claro que pode! Não existe nenhuma lei que proíba. A grande questão é: é seguro fazer a puxada por trás da cabeça?
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A resposta é talvez!
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Sempre que abduzimos (afastamos do tronco) os cotovelos nós empurramos a cabeça do úmero (osso do braço) a frente, isso é ainda mais acentuado quando elevamos as mãos. Este é exatamente o caso do exercício em questão. Esta situação pode estirar os ligamentos do seu ombro, causando inflamações. Mas a resposta é talvez, talvez porque existem pessoas com uma grande mobilidade nas escápulas, o que permite que este movimento na seja tão estressante para articulação.
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Não existem benefícios adicionais de se fazer este exercício atrás da cabeça! Portanto, se você está em dúvida ou já tem dores no ombro, faça na frente da cabeça!
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SAUDE ,HIPERTROFIA OU EMAGRECIMENTO? COMO ASSIM?

Saúde, hipertrofia ou emagrecimento, qual o seu objetivo?
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Não importa! Porque independente de qual seja a sua escolha, você vai precisar ganhar massa muscular, isso mesmo, HIPERTROFIA!
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Calma, vamos explicar!
Mesmo que você esteja com sobrepeso ou obeso, e não tenha a menor intenção de parecer musculoso você precisa ganhar massa muscular.
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A confusão começa pelo não entendimento da palavra emagrecimento. A maioria das pessoas ainda confundem a palavra com o termo perda de peso. Perder peso é diferente de emagrecer! Perda de peso é a diminuição da massa de um indivíduo e essa massa, não é necessariamente gordura, você pode perder gordura, mas também, massa muscular. .
Então, se o seu peso diminuiu na balança, não quer dizer necessariamente, que você emagreceu e sim, que a sua massa diminuiu.
Isto é, mesmo que você não perca nenhum grama de gordura, se você aumentar sua massa muscular, e for capaz de manter o processo, você terá emagrecido e aumentado seu peso! Você pode engordar e ganhar peso, engordar e perder peso, emagrecer e perder peso, e na melhor das hipóteses, emagrecer e ganhar peso.
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Mas os benefícios da hipertrofia não param por aí, o ganho de massa muscular acelera o seu metabolismo, o que inibe os malefícios causados pelas dietas hipocalóricas geralmente utilizadas por quem está buscando o emagrecimento.
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Se você está em dúvida de qual modalidade de exercício seria melhor para seus objetivos, vamos dar uma dica, não abra mão da musculação! .
A musculação pode te ajudar a ficar mais magro, mais forte e o mais importante, mais saudável!

www.treinoconsciente.com.br

AGACHAMENTO PROFUNDO PODE SER MAIS SEGURO QUE O PARCIAL?

A crença de que o agachamento profundo seja perigoso para os joelhos começou, em grande parte, porque se pensava apenas no quadríceps. No entanto, a ativação da... musculatura posterior durante o movimento completo estabiliza os joelhos e reduz a tensão na patela (Li et al., 1999). Inclusive, há estudos mostram que os piores ângulos de agachamento estão entre 30 e 90º. Por exemplo, as maiores forças de translação anterior, lateral e rotação interna da tíbia ocorrem de 30 a 60º (Li et al., °1999), enquanto outros reportaram picos de forças compressivas tíbio e patelofemorais em 80-90º (Escamilla et al., 2001; Zheng et al., 1998; Wilk et al., 1996). No entanto, vale lembrar que o agachamento parcial é feito com uma carga bem maior que o completo. Como as forças compressivas são proporcionais à carga utilizada, e a superfície de contato da patela é menor próximo à extensão (Ferrdman et al., 2015) vemos que, na prática, os movimentos parciais são piores do que se imagina. Além disso, há diversas análises transversais e longitudinais de pessoas que realizaram agachamentos profundos e não encontraram indícios de lesões (Meyers et al, 1971; Chandler et al. 1989; Steiner et al., 1986; Panariello et al., 1994)!
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Alguns dos poucos casos que agachamento profundo pode ser contraindicado são: baixa mobilidade no tornozelo, o que leva os calcanhares a saírem do chão e o tronco se inclinar à frente, aumentando a tensão no joelho e lombar; fraqueza do complexo posterolateral, associada ao valgo dinâmico (joelhos se fecham) e problemas patelofemorais; e pouca mobilidade no quadril/lombar, que leva à retroversão pélvica e pode causar protusões e hérnias de disco. Nesses casos, o correto é buscar auxílio profissional para resolve-los, já que eles não apenas impedem que você se beneficie de um ótimo exercício, mas aumentam a chance de problemas futuros. Ah, e vale lembrar que a maior parte das pessoas que demonstram desvios de padrão motor durante o agachamento não possuem nenhum tipo de síndrome ou deficiência, elas apenas precisam ser adequadamente ensinadas! Pessoas contra-indicadas ao agachamento são exceção, do contrário, teríamos que mandar subir as privadas, para o povo cagar em pé!

Então, exceto em casos de limitações funcionais clinicamente diagnosticadas, pode agachar à vontade... até o talo!
Veja mais em https://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=69
(Paulo Gentil)
Chandler TJ, Wilson GD, Stone MH. The effect of the squat exercise on knee stability. Med Sci Sports Exerc. 1989 Jun;21(3):299-303.
Escamilla RF, Fleisig GS, Zheng N, Lander JE, Barrentine SW, Andrews JR, Bergemann BW, Moorman CT 3rd. Effects of technique variations on knee biomechanics during the squat and leg press. Med Sci Sports Exerc. 2001 Sep;33(9):1552-66.
Escamilla RF. Knee biomechanics of the dynamic squat exercise. Med Sci Sports Exerc. 2001 Jan;33(1):127-41.
Freedman BR, Sheehan FT, Lerner AL. MRI-based analysis of patellofemoral cartilage contact, thickness, and alignment in extension, and during moderate and deep flexion. Knee. 2015 Oct;22(5):405-410. doi: 10.1016/j.knee.2015.06.012.
Li G, Rudy TW, Sakane M, Kanamori A, Ma CB, Woo SL. The importance of quadriceps and hamstring muscle loading on knee kinematics and in-situ forces in the ACL. J Biomech. 1999 Apr;32(4):395-400.
Meyers EJ. Effect of selected exercise variables on ligament stability and flexibility of the knee. Res Q. 1971 Dec;42(4):411-22.
Panariello RA, Backus SI, Parker JW. The effect of the squat exercise on anterior-posterior knee translation in professional football players. Am J Sports Med 1994 Nov-Dec;22(6):768-73
Steiner ME, Grana WA, Chillag K, Schelberg-Karnes E. The effect of exercise on anterior-posterior knee laxity. Am J Sports Med. 1986 Jan-Feb;14(1):24-9.
Wilk KE, Escamilla RF, Fleisig GS, Barrentine SW, Andrews JR, Boyd ML. A comparison of tibiofemoral joint forces and electromyographic activity during open and closed kinetic chain exercises. Am J Sports Med. 1996 Jul-Aug;24(4):518-27.
Wilk KE, Escamilla RF, Fleisig GS, Barrentine SW, Andrews JR, Boyd ML. A comparison of tibiofemoral joint forces and electromyographic activity during open and closed kinetic chain exercises. Am J Sports Med. 1996 Jul-Aug;24(4):518-27.
Zheng N, Fleisig GS, Escamilla RF, Barrentine SW. An analytical model of the knee for estimation of internal forces during exercise. J Biomech. 1998 Oct;31(10):963-7.

DORES LOMBARES E MUSCULAÇÃO

Em um estudo realizado no Instituto Cooper, em Dalas, foram investigadas as associações entre dores lombares e fatores relacionados à prática de exercícios em 4...610 pessoas. De acordo com os resultados, a realização de atividades de fortalecimento muscular, como um todo, não foi associada a uma menor incidência de dores lombares 🤔.
Agora vem a parte interessante, aqueles que treinavam em máquinas tinha maior incidência de dor lombar, o que não acontecia com quem treinava em pesos livres. Ou seja, o bom mesmo parece ser treinar com pesos livres! Aí é necessário esclarecer duas coisas: 1) por que isso ocorre? 2) quais as implicações? .
1) É como falo no livro "Bases científicas do treinamento de hipertrofia": “A utilização de máquinas pode ser menos segura em longo prazo, pois ao realizar os exercícios separadamente pode ocorrer incremento de força em músculos isolados, desacompanhado do respectivo padrão motor. O aluno provavelmente se sentirá mais apto a utilizar uma carga maior quando começar a treinar com pesos livres, porém seus estabilizadores e sinergistas não estarão preparados para o movimento e, em longo prazo, isto pode resultar em lesões”. Por exemplo, quem abre mão do agachamento com barra, para treinar no hack poderiam ter o trabalho deficiente da musculatura da região lombar, abdominal e do quadril, tanto em termos de ativação quando de fortalecimento. Para ser mais claro ainda,. você pode ter uma baita força na perna, mas seus músculos da região central não acompanham. Ou você até pode fortalece-los individualmente, mas eles não sabem trabalhar em conjunto quando você fizer um movimento cotidiano.
2) a implicação disso é que os movimentos básicos, como agachamentos, supinos, levantamentos… devem fazer parte de sua série. Isso não significa, no entanto, que “quanto mais liberdade, melhor”, do contrário os acrobatas, invencionistas, sentimentalistas e todo tipo de doido vai achar que você terá uma vida melhor se conseguir agachar com uma perna só em cima de um dumbell! Também não significa que máquinas devam ser proibidas, apenas que seu treino não deve ser centralizado nelas e que, tampouco elas são mais seguras. Isso é importante para aqueles que acham todo aluno contra indicado para agachar e enfiam nas máquinas, por exemplo.
Então… vamos aos pesos livres! .
PS: isso não tem nada a ver com Crossfit!
(Paulo Gentil)
Sandler RD, Sui X, Church TS, Fritz SL, Beattie PF, Blair SN. Are flexibility and muscle-strengthening activities associated with a higher risk of developing low back pain? J Sci Med Sport. 2014 Jul; 17(4): 361–365.

EXERCÍCIOS AEROBIOS NÃO EMAGRECEM

Na verdade, não é novidade. Nunca houve estudos dizendo que aeróbios de baixa intensidade são eficientes, foi apenas uma construção com base em conceitos usados... inadequadamente. Quer exemplos?
Em 1992, Hardman et al. comparam um grupo de mulheres que permaneceu sedentária por 12 meses, com outro que fazia cerca de 18km de caminhada por semana. Como não houve mudança na alimentação, o déficit calórico estimado passou das 40.000kcal, o que daria uma perda de uns 6kg, segundo cálculos comuns. Mas o grupo que caminhou saiu de 36,1 para 37,1% de gordura, enquanto o que ficou no Netflix foi de 34,9 para 35,4%. Depois disso, Bond-Brill et al. (2002) passaram dietas de 1.200-1.400 kcal para mulheres com sobrepeso e as dividiram em 3 grupos: um não fazia nada, um caminhava 5 x semana por 30 min e outro caminha 60 min 5 x semana. O que era de se esperar é que a caminhada geraria maior perda de peso, por aumentar o gasto calórico, em relação dose-dependente, certo? Mas todos perderam o mesmo!!
Mais recentemente, Friedenreich et al. (2015) colocaram 400 mulheres inativas e com média de 40% de gordura para passar 12 meses caminhando por 30 ou 60 minutos 5 x semana, sem mudança na alimentação. Apesar de estatisticamente haver diferença, a perda foi de míseros 1,79kg para quem caminhava por 30 min e 2,52kg para quem caminhou uma hora! Pensa nisso, uma pessoa com 40% de gordura passa um ano andando uma hora, de segunda a sexta, para perder menos de 50g por semana!?
Esses são alguns exemplos que cito no meu livro "Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas" e nas minhas aulas. A razão é que os exercícios de baixa intensidade parecem promover mudanças metabólicas desfavoráveis e, com isso, a perda de peso se torna muito menor do que a prevista, ou mesmo negligenciável. Não nego a importância de fazer atividade física e combater o sedentarismo. No entanto, se quisermos usar o exercício como estratégia de emagrecimento, vamos ter que pensar em coisas melhores!! Hoje falo sobre isso em uma live e dia 30/9 dou aula sobre o tema em São Paulo (http://www.institutocefisa.com.br/…/bases-cientaficas-do-tr…)!! Nos vemos!!
Paulo Gentil
Gentil P. Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas. Chaleston, Create Space, 2014 (informações em www.PauloGentil.com).
Bond Brill J, Perry AC, Parker L, Robinson A, Burnett K. Dose-response effect of walking exercise on weight loss. How much is enough? Int J Obes Relat Metab Disord. 2002 Nov;26(11):1484-93.
Friedenreich CM, Neilson HK, O'Reilly R, Duha A, Yasui Y, Morielli AR, Adams SC, Courneya KS. Effects of a High vs Moderate Volume of Aerobic Exercise on Adiposity Outcomes in Postmenopausal Women: A Randomized Clinical Trial. JAMA Oncol. 2015 Sep;1(6):766-76.
Hardman AE, Jones PR, Norgan NG, Hudson A. Brisk walking improves endurance fitness without changing body fatness in previously sedentary women. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1992;65(4):354-9.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

DORFLEX POS TREINO?

A hipertrofia é um mecanismo de proteção do nosso músculo, que se torna mais forte para que o stress futuro não produza tantos danos. E como o nosso corpo faz isso? Através de sinalizadores mecânicos e químicos. E um desses sinalizadores químicos é conhecido como CASCATA INFLAMATÓRIA, uma via importante para que os bons resultados que desejamos ocorram. Tomar o anti-inflamatório vai interferir no funcionamento dela, ou seja, “vai dar ruim.”

Evite treinos que te levem a dores extremas, por realizar treinos incompatíveis com o seu nível, isso também não é legal. Mas aprenda a administrar essas dores do dia seguinte, elas são amigas.

Menos fotos e mais treinos! Juízo pequenos!

É o que tem pra HOJE!


CRISTIANO LEITE

COMER POUCO CARBOIDRATO PODE AUMENTAR O RISCO DE MORTE

Esse estudo envolveu 15.428 pessoas com idade entre 45-64 anos e acompanhamento de ~25 anos e, somado a isso, foi feita uma meta-análise, totalizando 432.179 p...essoas. Os resultados foram: 1) maior risco de morte em quem consumia pouco carboidrato (<40% das calorias). 2) consumir excesso de carboidratos (>70% das calorias) aumenta a mortalidade, mas a mortalidade é menor que com o low-carb 3) o consumo moderado de carboidrato (50-55%) foi associado à menor mortalidade! Além disso, a substituição de carboidratos por proteínas e gorduras animais foi associada à maior mortalidade, enquanto proteínas e gorduras de originárias de plantas a diminuíam. Lindo para quem se orgulha do bacon e abomina frutas, né? Ah, isso foi ajustado por nível de atividade física, idade, tabagismo, etc.
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E agora, como fica a seita low-carb? Vão fazer textão para desmerecer o estudo, dizer que é observacional, que foi comprado, que o demônio é carbofílico. Certamente um estudo observacional é limitado no estabelecimento de relação causa-efeito e perde vários detalhes. Mas o engraçado é que essa mesma galera alardeou (erradamente) que carbo matava quando o PURE foi publicado. E essa galera não fala que esse estudo também envolveu uma meta-análise e, inclusive, inclui o PURE. Vão dizer que o estudo é comprado. Mas ele é financiado pelo Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos. Um autor recebeu verba pessoal da Novasrtis para projetos fora desse estudo, só isso. Seria burrice ou loucura dizer que é um complô dos defensores do carbo, pois o estudo não fala para comer muito carbo e sim sugere que a MODERAÇÃO diminui o risco de morte. Se há um complô a favor da moderação, tô dentro!!
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O problema é que estão confundindo nutrição com religião. O fanatismo emburrece. Não devemos criar pânico quanto o estudo sugere que dietas low carb aumentam a mortalidade. Mas também não devemos criar euforia quando um estudo sugerir que dietas low carb fazem bem!! Agora, eu aguardo os iluminados falaram que eu disse que low carb mata, que low carb não serve para nada, que estou mandando comer açúcar, que vão se encher de pizza, que me amavam até ontem e agora me odeiam...

(Paulo Gentil)
Seidelmann SB, Claggett B, Cheng S, Henglin M, Shah A, Steffen LM, Folsom AR, Rimm EB, Willett WC, Solomon SD. Dietary carbohydrate intake and mortality: a prospective cohort study and meta-analysis. Lancet Public Health. http://dx.doi.org/10.1016/S2468-2667(18)30135-X

A LENDA DO FRANGO COM HORMONIO

Assim como a Loira do Banheiro, manga com leite, ET de Varginha, faca no boneco do Fofão, Homem do Saco e o Ovo Chinês de Plástico, uma das maiores lendas brasileiras é:
"O FRANGO COM HORMÔNIO"
Semana passada, mostrei para um aluno que essa história não é verdadeira.
Existe uma lei que veta uso de hormônio desde 2004, e diversos estudos já mostraram que não existem vantagens técnicas e econômicas.
•Primeiro ponto negativo do uso é o CUSTO: Não valeria a pena tratar o frango com hormônio e depois vender à R$4 no açougue do Seu Severino. Isso seria inviável devido ao alto custo e a dificuldade em administrar hormônios de pinto em pinto.
•Segundo ponto negativo seriam as REGRAS: No Brasil, que é o terceiro maior produtor de carne de frango do planeta, uma lei proíbe a utilização de substâncias hormonais para promover o crescimento em aves. Cabe MULTA burla.
Bastaria alguém fazer exames laboratoriais, assim como estão fazendo com alguns suplementos, provar a fraude, processar uma empresa e ganhar uma grana. Ninguém nunca fez isso.
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🙋🏻‍♂️- Minha tia disse que se der hormônio pro pinto, ele vira frango rapidinho!
É verdade que o bicho cresce mais rápido o que há 30 anos. Porém, isso não se deve a hormônios, e sim ao melhoramento genético.
Numa pesquisa de Fennell & Scanes (1992), a utilização de testosterona, 5α-dihidrotestosterona e 19-nortestosterona, via implante subcutâneo em aves leghorn, reduziu o ganho de peso corporal da maioria. Nenhum hormônio desses estimulou o crescimento das penosas.
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A carne de frango é considerada saudável, proteica e “barata”. É bobeira nossa condenar um alimento tão importante, sem fundamento.
Fiquem tranquilos, pois a utilização de substâncias hormonais em aves é um MITO.
A transformação rápida do pinto em galinha, deve-se à EVOLUÇÃO GENÉTICA das linhagens e não à algum "Ciclo Bodybuilder Frango Lifestyle".
Se você não come carne de frango por causa de filosofia de vida, religião ou paladar, tudo bem.
Mas se for por medo de hormônios, meta logo esse garfo na boca.



PROFESSOR ANDRE DE QUEIROZ

CARGA X EFICIENCIA

Vejo muita preocupação em QUANTO peso se pega, mas pouca em COMO se faz o exercício, são barras de supinos que não encostam no peito, leg press em que os joelho...s nem chegam a 90°, cadeiras extensoras com quadril fora do banco, agachamentos que mais parecem uma convulsão... Coloquei isso no meu livro (Bases científicas do treinamento de hipertrofia) há mais de 10 anos e a ciência continua comprovando a importância da amplitude! Um exemplo disso é o estudo de McMahon et al. (2014) que comparou os efeitos de um treino de membros inferiores realizados com diferentes amplitudes em exercícios como agachamento, leg press e cadeira extensora. As análises revelaram que as cargas utilizadas nos exercícios "curtinhos" eram de 11 a 23,75% maiores. No entanto, mesmo pegando menos peso, o estresse na musculatura foi 32% maior com as amplitudes maiores! Como resultado, os treinos com amplitudes maiores levaram a um aumento de 59% no tamanho do músculo contra 16% de amplitudes reduzidas. Além de favorecer a hipertrofia, as amplitudes maiores também reduziram mais a gordura subcutânea (22 vs 5%) e foram mais vantajosas para o ganho de força. Ou seja, mais amplitude resultou em mais força, mais músculo e menos gordura!
Está cada vez mais comprovado que a amplitude é importante e que a carga não necessariamente reflete o que acontece no seu músculo! Portanto, vamos pensar um pouco menos da QUANTIDADE de peso e pensar na QUALIDADE de movimento! Obviamente que existem métodos em que pode-se reduzir a amplitude para aumentar o estresse metabólico e também há aplicações de redução na amplitude para evitar pontos de descanso (isso tudo está explicado no meu livro e nos meus posts), mas isso nada tem a ver com reduções deliberadas no movimento com o intuito de aumentar a carga, ok?
Sobre segurança, deem uma olhada nas publicações antigas.
(Paulo Gentil)
Gentil P. Bases científicas do treinamento de hipertrofia. Create Space, 2014. (informações em www.PauloGentil.com)
McMahon GE, Morse CI, Burden A, Winwood K, Onambélé GL. Impact of range of motion during ecologically valid resistance training protocols on muscle size, subcutaneous fat, and strength. J Strength Cond Res. 2014 Jan;28(1):245-55. doi: 10.1519/JSC.0b013e318297143a.

TREINO PARA IDOSOS


O treinamento para idosos é, sem dúvidas, uma das áreas mais gratificantes da Educação Física. Quem já se emocionou com as suas melhoras ou recebeu seus mimos, ...sabe que não tem “shape foda” que ganhe disso. E, quem já assistiu minhas aulas, sabe bem da felicidade que tenho em viver essa prática e produzir conhecimento sobre o tópico. Nesse sentido, tenho trabalhado junto pesquisadores de diversas partes do Mundo para descobrir maneiras de trazer mais benefícios para os idosos, o que tem resultado em diversos artigos.
Em um estudo recente, em conjunto com o chileno Ramirez-Campillo e o espanhol Mikel Izquierdo (que estarão aqui para o Simpósio Internacional de Belo Horizonte, dia 22 de setembro) procuramos avaliar os efeitos do método de cluster na capacidade funcional de idosos. O treino tradicional envolvia 3x8 repetições, com intervalo de 2,5 minutos entre as séries. Já no método de cluster, se fazia 12 séries de 2 repetições com descanso de 30 segundos entre elas. No final, todos faziam 24 repetições, mas com arranjos diferentes, todos com velocidade alta, 3 vezes por semana durante 12 semanas. A carga foi ajusta sempre a última série ficasse fácil. .
Além de não haver nenhum relato de lesão, tanto o treino tradicional quanto o método de cluster aumentaram o desempenho na caminhada de 10m (6,6 e 15,1%), no teste de levantar e andar (8,8 e 15,1%) e sentar e levantar (13,7 e 19,9%), todas atividades importantes para o dia a dia dos idosos. Na comparação entre grupos, o método de cluster levou vantagem e ainda melhorou os escores de qualidade de vida em 24,8%!
Olha que lindeza! O bacana desse método é que ele é bem dinâmico e, devido à curta duração dos esforços, costuma resultar em pouca sobrecarga cardiovascular e baixa percepção de esforço. Está ai Educação Física séria trazendo ferramentas para melhorar vidas. O estudo também contou com outro fenômeno, o colombiano Robinson Ramirez-Velez, que vocês conheceram em Brasília. Recomendo que leiam o artigo (referência completa no Face) e apareçam no Simpósio de Belo Horizonte (https://www.lfceventos.com.br/…/simposio-internacional-de-b…) para ouvir essas feras pessoalmente.
Simbora mudar vidas! .
(Paulo Gentil)
Ramirez-Campillo R, Alvarez C, Garcìa-Hermoso A, Celis-Morales C, Ramirez-Velez R, Gentil P, Izquierdo M. High-speed resistance training in elderly women: Effects of cluster training sets on functional performance and quality of life. Exp Gerontol. 2018 Jun 15;110:216-222. doi: 10.1016/j.exger.2018.06.014.

MUSCULAÇÃO SALVANDO VIDAS

A grande evolução na musculação se deu quando ela deixou de ser associada apenas à estética e passou a ser utilizada para melhorar a vida das pessoas. E um dos ...trabalhos mais importantes nessa área foi feito pelo Dr. Eduardo Cadore surfista, churrasqueiro e professor da UFRGS, junto com o notável espanhol Mikel Izquierdo (Cadore et al., 2014). O estudo teve 4 semanas de treinamento cognitivo/marcha/equilíbrio, 4 de musculação e 24 de acompanhamento. A musculação envolvia apenas 2 sessões semanais de 2 séries de leg press, feitas na maior velocidade possível. Os participantes eram idosos com demência e tão debilitados que o próprio Cadore tinha que coloca-los no aparelho! As 4 semanas desse simples protocolo melhoraram muito a funcionalidade dos participantes, fazendo com que alguns abandonassem cadeiras de rodas, andadores e bengalas. E os resultados foram tão marcantes que, apesar de esquecerem os próprios filhos, muitos sabiam quem era o Cadore, o responsável por melhorar suas vidas!
No entanto, houve uma parte trágica. Por motivos alheios à vontade de todos, os treinos foram interrompidos e as perdas funcionais foram implacáveis. Como resultado, um terço deles não sobreviveu a 6 meses sem musculação! Tragicamente, isso confirma que manter a funcionalidade é essencial para sobrevivência e que nós podemos salvar vidas!
Dói ver que muitos acham que musculação se limita à estética e acham que sucesso é exibir corpos cheios de hormônios e implantes. Já eu acho que sucesso é mudar a vida das pessoas. O cuidado com o corpo é muito importante e até necessário, mas pense bem em quem são seus ídolos e qual papel você quer ter na vida das pessoas. Da minha parte eu digo que após uma pessoa te agradecer com os olhos cheios de lágrimas por ter salvado a vida dela ou de um parente, seus parâmetros de “ser bom” mudam um bocado. .
Perguntas: você acha que o estudo seria mais válido se os pesquisadores usassem regata com mamilo de fora? Você acha que os médicos ou parentes pediram para o grupo mostrar o shape para ver se podiam atender os pacientes? O que vale mais para Educação Física, esse estudo ou bíceps dos pesquisadores? Alguém duvida que algum idiota vai falar de shape nos comentários?
(Paulo Gentil)
Cadore EL, Moneo AB, Mensat MM, Muñoz AR, Casas-Herrero A, Rodriguez-Mañas L, Izquierdo M. Positive effects of resistance training in frail elderly patients with dementia after long-term physical restraint. Age (Dordr). 2014 Apr;36(2):801-11. doi: 10.1007/s11357-013-9599-7.

leg unilateral

Está aí um exercício que pode ser considerado uma ótima opção para desenvolvimento dos glúteos! -
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Esta variação do leg press permite uma amplitude de movimento maior do que a versão tradicional e, consequentemente, uma maior ativação do glúteo. Isto tudo em virtude da perna que fica para trás reduzir a tendência de inclinação do quadril.
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A diferença fica bem clara na segunda foto (passe para o lado na foto acima). O ângulo entre o quadril e o tronco é bem menor no leg unilateral.
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Outra característica bacana é que diferentemente de exercícios livres como o agachamento, em que algumas pessoas não conseguem chegar até a falha por desconforto ou falta de controle no tronco, no leg, como o tronco está apoiado, isto geralmente não acontece.
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Treinar de forma unilateral também pode ser interessante para quem treina sozinho e tem dificuldade de chegar até a falha, pois quando a falha acontecer você tem a outra perna para ajudar a finalizar o movimento.



TREINO CONSCIENTE

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