sábado, 24 de dezembro de 2011

ALGO SOBRE DIETAS DA MODA


DIETAS DA MODA

            Ao longo do ano, o numero de poções mágicas para a perda de peso vão aumentando. Há as dietas milagrosas, as dietas radicais, há aquelas que sobrevivem apenas aquele verão, dieta da sopa,dieta da lua, dieta da luz, enfim, cada uma com sua proposta “mágica”.
            Chegam, anunciam seus milagres, arrebanham seguidores ,depois desaparecem. A obesidade está aumentando consideravelmente em várias regiões do mundo e as pessoas procuram os regimes milagrosos para manter o peso ideal.
            Recentemente, a ANVISA, a agência nacional de vigilância sanitária, proibiu a venda de dezenas de produtos que estavam no mercado anunciando o milagre do emagrecimento.
            É importante alertar para os perigos e frustrações que trazem essas soluções: os regimes de fome e os da moda, não fazem perder peso de forma saudável e contínua. Além de falharem no aspecto nutricional e proporcionarem baixa saciedade, esses regimes limitam a manutenção do peso em longo prazo, pois não permitem que as pessoas criem hábitos alimentares saudáveis e permanentes. Desta forma, na maioria das vezes a pessoa recupera o que emagreceu e adquire o “efeito sanfona”. O sucesso para a perda de peso está na adoção de um estilo de vida saudável, que inclui mudanças nos hábitos alimentares e exercícios físicos freqüentes.

PLANO ALIMENTAR: a literatura científica tem demonstrado resultados não satisfatórios com tratamentos fundamentados em dietas rígidas. Planos alimentares mais flexíveis têm produzido resultados muito melhores , com menor risco de compulsão alimentar e maior facilidade de manutenção de um peso adequado.
            Somente através de um hábito alimentar equilibrado é possível manter-se o peso desejado a longo prazo.

ELEMENTOS BÁSICOS- PLANO ALIMENTAR
- fazer várias refeições ao dia(de 4 a 6) . O desjejum, principalmente, é muito importante para um tratamento bem sucedido.
- evitar alimentos mais gordurosos. Ex: fritas, embutidos,etc.
- comer carboidratos em todas as refeições (pão,feijão,arroz,batata,etc.), sem exagerar, dando sempre preferência aos carboidratos integrais(pão integral,farelo de trigo, aveia).
-comer bastante verduras, legumes e frutas(exceção para abacate e açaí, que são bastante calóricos).
-usar moderadamente e de forma esporádica açúcar,doces,bebidas alcoólicas e gorduras, principalmente as de origem animal.
-participar ativamente na elaboração dos cardápios e na escolha dos alimentos, afim de que sua dieta contenha alimentos de sua preferência


            É  válido ressaltar que o emagrecimento com bom senso, respeitando o ritmo de cada organismo, levará a um redução de gordura , redução da celulite, melhora de contornos corporais e acima de tudo promoverá a melhora da saúde. É importante emagrecer e principalmente manter o peso perdido e isso somente se torna possível com exercícios físicos e com reeducação alimentar, ou seja , é necessário aprender o que , como e quanto comer.

sábado, 10 de dezembro de 2011

ARTROSE

               
ARTROSE                    
               


Sinônimos e Nomes Populares:
Osteoartrose, doença articular degenerativa. Os pacientes com freqüência referem-se à Osteoartrite como artritismo.
O que é?
É a doença articular mais freqüente e a cartilagem é o tecido inicialmente alterado. A cartilagem está aderida à superfície dos ossos que se articulam entre si. É formada por um tecido rico em proteínas, fibras colágenas e células.
Como se desenvolve?
A Osteoartrite (OA) tem início quando alguns constituintes protéicos modificam-se e outros diminuem em número ou tamanho. Há tentativa de reparação através da proliferação das células da cartilagem mas o resultado final do balanço entre destruição e regeneração é uma cartilagem que perde sua superfície lisa que permite adequado deslizamento das superfícies ósseas.
Este processo acompanha-se de liberação de enzimas que normalmente estão dentro das células cartilaginosas. A ação destas enzimas provoca reação inflamatória local a qual amplifica a lesão tecidual. Aparecem erosões na superfície articular da cartilagem que fica como se estivesse cheia de pequenas crateras. A progressão da doença leva ao comprometimento do osso adjacente o qual fica com fissuras e cistos.
Ao mesmo tempo, aparentemente como uma tentativa de aumentar a superfície de contato e procurando maior estabilidade, o osso prolifera. Mas não é um osso normal, sendo mais rígido e mais suscetível a microfraturas que ocorrem principalmente em articulações que suportam peso.
Aparentemente devido à reação inflamatória local todos os elementos da articulação sofrem hipertrofia: cápsula, tendões, músculos e ligamentos. As articulações sofrem aumento de volume e podem estar com calor local.
O grau de comprometimento é bastante variado. A doença pode evoluir até a destruição da articulação ou estacionar a qualquer momento. Há indivíduos que têm deformidades nos dedos e que nunca sentiram dor e outros que terão dor e progressiva piora da doença com conseqüentes deformidade e diminuição da função articular.
Não se conhece o gatilho inicial da Osteoartrite. Acredita-se que mecanismos diferentes levem às mesmas alterações na função e composição das estruturas articulares.
Freqüência
A doença torna-se evidente a partir dos 30 anos de idade. Estima-se que 35% das pessoas já tenha Osteoartrite (OA) em alguma articulação nesta idade, sendo a grande maioria sem sintomas. Joelhos e coluna cervical são os locais mais atingidos. Aos 50 anos aumenta muito a prevalência e a partir da década dos 70 anos 85% dos indivíduos terão alterações ao RX.
Fatores de risco
Osteoartrite (OA) nos dedos das mãos é mais freqüente em mulheres e tem grande incidência familiar, favorecendo um mecanismo genético.
Osteoartrite em articulações que recebem carga, como quadris e joelhos, são mais freqüentes em obesos o mesmo podendo acontecer com a coluna vertebral.
Defeitos posturais como pernas arqueadas ou pernas em xis favorecem Osteoartrite de joelhos. Posição inadequada do fêmur em relação à bacia leva à degeneração cartilaginosa em locais específicos da articulação coxo-femural.
Do mesmo modo, defeitos nos pés levarão à instalação de Osteoartrite, sendo o joanete o melhor modelo. Entretanto, há pacientes que sofrem outro tipo de OA no dedo grande do pé que não se relaciona com defeito postural.
Hiperelasticidade articular, mais comum em mulheres, pode permitir que as superfícies articulares ultrapassem seus limites anatômicos e a cartilagem, deslizando em superfícies duras, sofre erosão. Osteoartrite OA entre fêmur e rótula (femuropatelar) é um exemplo comum.
Doenças metabólicas como diabete e hipotireoidismo favorecem o desenvolvimento de Osteoartrite.
Outras doenças que afetam a cartilagem como artrite reumatóide, artrite infecciosa e doenças por depósitos de cristais (gota e condrocalcinose) podem apresentar-se com o mesmo tipo de lesão e são rotuladas como Osteoartrite (OA) secundária.
Manifestações clínicas
O que se sente?
Antes da dor, os pacientes com OA podem reclamar de desconforto articular ou ao redor das articulações e cansaço. Posteriormente, aparece dor e, mais tarde, deformidades e limitação da função articular. No início, a dor surge após uso prolongado ou sobrecarga das articulações comprometidas.
Mais tarde, os pacientes reclamam que após longo período de inatividade como dormir ou sentar-se por muito tempo em Osteoartrite de quadris ou joelhos, há dor no início do movimento que permanece alguns minutos.
São exemplos a dor discreta com rigidez que dura alguns minutos nos dedos pela manhã e nos joelhos também de manhã ou após algum tempo sentado. Nos pacientes que têm piora progressiva a dor fica mais forte e duradoura e as deformidades acentuam-se.
Na Osteoartrite de quadris e joelhos, subir e descer escadas fica mais difícil assim como caminhadas mais longas.
A inflamação pode produzir aumento do líquido intra-articular. Nestas situações a dor aumenta, os movimentos ficam mais limitados e a palpação articular evidencia calor local além da presença do derrame.

Acredita-se que só o fato de uma articulação estar comprometida já é suficiente para que se desenvolva atrofia muscular, mas certamente a falta de movimentos completos e a inatividade são fatores coadjuvantes importantes. Em casos extremos, os pacientes necessitam fazer uso de bengalas ou muletas. Raramente um paciente com Osteoartrite de quadris ou joelhos vai para cadeira de rodas.