quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ALGO SOBRE DOPING SANGUINEO

DOPING SANGUÍNEO

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Historicamente, diversas substâncias têm sido utilizadas na intenção de melhorar o desempenho esportivo. Sofisticados métodos de treinamento têm sido desenvolvidos a fim de aumentar o consumo máximo de oxigênio nas modalidades citadas. O doping sanguíneo pelo uso da eritropoetina, proibida por federações desportivas internacionais, é um dos que induzem o aumento na capacidade de realização de exercícios aeróbios. O sistema respiratório está regularmente envolvido nesta investigação provavelmente devido à sua localização central no corpo com várias conexões para o sistema cardiovascular. O aumento no consumo de oxigênio (VO2) em primeiro lugar depende da ventilação e das trocas respiratórias. Durante este processo, a tendência é que haja um aumento do VO2 máximo e um consequente prolongamento da sua disponibilidade com o objetivo de retardar os efeitos da fadiga.
Conhecida popularmente como EPO, a eritropoetina é um hormônio naturalmente produzido pelos rins e fígado (em menor quantidade) que tem como função principal regular a eritropoiese (produção de hemácias), sempre que o organismo exige uma necessidade maior de oxigênio. O desempenho atlético depende do bom funcionamento de vários órgãos, incluindo o sangue (Mercer & Densmore 2005). Gaudard e colegas (2003) descreveram que a oxigenação sanguínea é um fator fundamental, porém limitante, para a otimização da atividade muscular. O reforço no fornecimento de oxigênio aos tecidos está associado a uma substancial melhora no desempenho atlético, sobretudo nas modalidades de fundo, como o ciclismo e o atletismo, posto que aumenta o nível de glóbulos vermelhos no sangue, melhorando assim a troca de oxigênio e elevando a resistência ao exercício físico.
Além da eritropoetina, uma nova classe de substâncias pode representar o próximo passo do processo de doping sobre o VO2máx. Transportadores artificiais de oxigênio, como as soluções baseadas em hormônios (pode ser encontrado pelo nome de perfluorocarboneto -utilizado como carreador de oxigênio), são apontados por melhorar a oxigenação dos músculos. Soluções baseadas em hemoglobina melhoram a capacidade aeróbia em testes com animais e humanos. Tais substâncias têm efeitos colaterais potencialmente fatais, incluindo toxicidade renal, aumento da pressão arterial sistêmica e pulmonar e comprometimento do sistema imune. Os transportadores podem ser baseados em hemoglobinas, as quais podem ser detectadas em testes de rotina em laboratórios de análises clínicas. O perfluorocarboneto não é metabolizado pelo organismo, é exalado através do pulmão e pode ser medido por cromatografia (uma técnica de separação de misturas e identificação de seus componentes). Nenhum teste para esta substância tem sido executado até agora. Federações desportivas internacionais devem estar conscientes desta nova e emergente ameaça de doping (Schumacher et al 2001).
Como já mencionei anteriormente, para aumentar a capacidade aeróbia podem ser usadas duas alternativas: aumentar ou fornecer o transporte de oxigênio. Nesta configuração, a dopagem sanguínea é a prática de usar uma droga ilícita ou produto de sangue para melhorar o desempenho atlético. Com base nesta definição, o doping sanguíneo pode incluir: 1) transfusão de sangue (autólogo ou homólogo); 2) substâncias eritropoiese-estimulantes (eritropoetina humana recombinante (alfa, beta, ômega), darbepoetina-alfa, hematide); 3) substitutos de sangue (transportadores de oxigênio à base de hemoglobina, emulsões de perfluorocarboneto); 4) moduladores alostérico (enzimas alostéricas contêm uma região separada daquela em que se liga o substrato) de hemoglobina (RSR-13 e RSR-4); 5) doping genético (transfecção do gene da eritropoetina humana) e; 6) regulação gênica precursores dos fatores induzidos por hipóxia) (Borrione et al 2008).
Embora nem todas essas técnicas e possibilidades estejam ao alcance de todos os atletas, a busca pela melhora do desempenho é uma corrida contínua que muitas vezes se alia à tecnologia, conseguindo ultrapassar barreiras inimagináveis.


Referências:
Casali L, Pinchi G, Puxeddu E. Doping and respiratory system. Monaldi Arch Chest Dis. 2007 Mar;67(1):53-62.
Mercer KW, Densmore JJ. Hematologic disorders in the athlete. Clin Sports Med. 2005 Jul;24(3):599-621, ix.
Gaudard A, Varlet-Marie E, Bressolle F, Audran M. Drugs for increasing oxygen and their potential use in doping: a review. Sports Med. 2003;33(3):187-212.
Jelkmann W. Erythropoietin. J Endocrinol Invest. 2003 Sep;26(9):832-7.
Elliott S. Erythropoiesis-stimulating agents and other methods to enhance oxygen transport. Br J Pharmacol. 2008 Jun;154(3):529-41. Epub 2008 Mar 24. Review.
Schumacher YO, Schmid A, Dinkelmann S, Berg A, Northoff H. Artificial oxygen carriers--the new doping threat in endurance sport? Int J Sports Med. 2001 Nov;22(8):566-71.
Borrione P, Mastrone A, Salvo RA, Spaccamiglio A, Grasso L, Angeli A. Oxygen delivery enhancers: past, present, and future. J Endocrinol Invest. 2008 Feb;31(2):185-92.
 

DETONE OS QUILOS EXTRAS

DETONE OS QUILOS EXTRAS!

A gordura abdominal é a mais prejudicial e também, a que mais incomoda a maior parte das pessoas. Porém, para perdê-la, é importante se observar a qualidade da dieta. Isto porque alguns alimentos aumentam a deposição de gordura justo nesta região. Dois grupos de alimentos são clássicos: gorduras, neste caso as saturadas e trans, e os carboidratos simples. As gorduras saturadas estão presentes nos alimentos de origem animal (leite integral, manteiga, queijos, carnes) e as gorduras trans, principalmente nos alimentos industrializados, como biscoitos, sorvetes e tortas. A quantidade dessas gorduras deve ser diminuída, até porque as mesmas também aumentam os níveis de colesterol plasmático. A gordura é sim importante, mas devemos consumir uma maior quantidade das insaturadas presentes, por exemplo, nas castanhas, que também são fonte de selênio, um mineral antioxidante e que auxilia no emagrecimento. Já os cereais simples, como pães brancos e tudo o mais que for feito com farinha refinada devem ser substituídos pelas versões integrais. Aumente também o consumo de frutas e verduras, pois as mesmas são fontes de fibras, que fazem o intestino funcionar bem, desinchando a região. Também são fontes de vitaminas, minerais e fitoquímicos importantes e que auxiliam no processo de emagrecimento. Contudo, limite o consumo de sucos, pois são mais calóricos e, por serem muitas vezes ricos em açúcar, aumentam o depósito de gordura na região abdominal. Consuma boas fontes de proteína. Peixes, iogurte, feijões e soja mantém o organismo saciado por mais tempo, o que é ótimo para quem quer perder os quilinhos extras.
Até a próxima!