segunda-feira, 25 de maio de 2020

PERDER GORDURA SEM PERDER MUSCULOS?? COMO FAZER?

Um dos maiores problemas ao tentarmos emagrecer é que a massa muscular acaba sofrendo muito com isso. Em uma das conversas com @murilodattilo, lembro que tocamos bastante sobre esse assunto, especialmente em como fazer para evitar esse “efeito colateral”. Duas coisas foram destacadas: exercício e alimentação. No campo do exercício, a musculação parece ser bem importante, conforme mostro nas aulas sobre o tema no #nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/, link no perfil) e no meu livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas” (www.paulogentil.com/livros). No campo da alimentação, o foco parece ser na readequação da ingestão proteica.
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Nesse sentido, Areta et al. (2014) testaram 4 situações: 1) equilíbrio energético em repouso, 2) déficit energético (menos 15kcal/kg.dia) em repouso, 3) déficit energético após treino resistido e 4) déficit energético após o treino resistido com suplementação de proteína. Os resultados revelaram que, após 5 dias de restrição calórica, a síntese proteica muscular caiu 27%. No entanto, a sessão de musculação junto com déficit energético promoveu aumento da síntese proteica, deixando-a nos mesmos valores de quando se estava em equilíbrio. Ou seja, potencialmente a musculação pode prevenir o catabolismo induzido pela restrição calórica.
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Além disso, ao suplementar proteína, no caso 30g de whey, houve elevações adicionais na síntese de proteínas musculares. Ou seja, potencialmente se houver musculação com ajuste da ingestão proteica é possível, não apenas prevenir catabolismo, mas também induzir anabolismo!
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Veja que estou falando “potencialmente” pois o resultado final vai depender de outras variáveis. Mas esse estudo pode trazer informações importantes para quem está buscando perder gordura, mas não deseja perder muita massa muscular no processo.
Eu vou mandar o artigo no meu grupo do Telegram. Para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
Areta JL, Burke LM, Camera DM, West DW, Crawshay S, Moore DR, Stellingwerff T, Phillips SM, Hawley JA, Coffey VG. Reduced resting skeletal muscle protein synthesis is rescued by resistance exercise and protein ingestion following short-term energy deficit. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2014 Apr 15;306(8):E989-97. doi: 10.1152/ajpendo.00590.2013.

BATOM EMAGRECEDOR??? MILAGRE??

Eu não falei sobre isso antes porque estava esperando os alienígenas intervirem na Terra ou que ao menos um meteoro ou apocalipse zumbi reiniciassem a humanidade... mas não teve jeito!
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Juro que tentei entender como diabos um batom poderia emagrecer. Pensei até que era um batom feito de Super Bonder, para fazer a turma fechar a boca. Mas não! Realmente criaram um batom com supostas propriedades emagrecedoras. Mais que emagrecedoras, mágicas! Tem redução do apetite, termogênese, perda de gordura, produção de serotonina, redução de cortisol e ainda fiquei sabendo que vacina contra COVID-19 e traz a pessoa amada de volta em 7 dias! Como isso supostamente ocorre devido a combinação de 4 “poderosos ativos”, pensei seria uma mistura de soro do Capitão América, suco gummy, espinafre do Popeye e meteoro do Pegasus. Mas não! O batom tem picolinato de cromo, chá verde, garcinia Camboja e fucus (uma alga conhecida como bodelha ou fava-do-mar). Ou seja, uma mistura de 4 coisas que não funciona para nada do que foi falado. Mas espera um pouco, os estudos dizem que elas não funcionam quando ingeridas e aqui tem um ponto essencial na brincadeira: como funcionaria passando nos lábios???
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Se existisse um mecanismo fuderoso de absorção pelos lábios, acabariam os problemas na garganta, estômago ou intestino! Faringite, laringite, gastrite, colite, síndrome do intestino irritável, intolerâncias? Tudo resolvido pelos batons! Olha, se beiço fosse área de absorção de alguma coisa, eu estaria bem na fita, hein (ah, a boca aberta na foto é para ficar sexy)! Com essa minha beiça, eu tenho medo do que seria de mim nas micaretas e carnavais da vida se alguma coisa fosse absorvida pelos lábios... Aliás, eu estava pensando em alguma zoação de como esse batom poderia ajudar no controle da obesidade ao ser distribuído no Carnaval, mas prefiro deixar por conta da sua imaginação e me divertir com seus comentários...
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PS: Deus tá vendo você pensar em safadeza quando se fala de coisas sendo absorvidas pelos lábios.

TREINO INTERVALADO EM CASA

Muita gente busca formas de se exercitar em casa e sem necessidade de equipamentos especializados. Será que isso seria uma boa ideia? A resposta é SIM, mas precisamos pensar em duas coisas: tipo de treino e recursos.
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Quanto ao tipo de treino, é necessário buscar protocolos que sejam facilmente controlados, sem necessidade de testes complexos. Nesse sentido, treinos baseados em esforço, como os sprints ou Tabata podem ser bastante atraentes. No primeiro caso, os tiros são máximos e o descanso é cerca de 8 vezes o tempo do tiro. Por exemplo, tiros de 30s por 4min de intervalo. Sobre os protocolos “tipo Tabata”, a orientação é fazer tiros de 20s e descansar 10s, com a intenção de chegar à fatiga em torno do oitavo tiro. Ou seja, é para tentar manter uma intensidade constante e “morrer” lá pelo oitavo tiro.
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Sobre o tipo de atividade, apesar do HIIT ser associado com esteira ou bicicleta, o treino intervalado não é vinculado a uma modalidade, mas sim ao esforço. Por exemplo, um tiro pode envolver uma corrida, subir escadas, algum movimento com peso corporal, exercícios resistido, etc.
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Ou seja, você pode usar parâmetros de esforço em atividades que podem ser feitas em casa e ter ótimos resultados. E as evidências mostram que isso pode trazer diversos benefícios em termos de desempenho, capacidade cardiorrespiratória e até mesmo emagrecimento. Obviamente que isso vai ser difícil ser aplicado para pessoas com problemas de saúde, como cardiopatias, problemas articulares ou mesmo limitações funcionais ou cognitivas. Para elas, é inegável a importância de acompanhamento e recursos específicos. No entanto, isso pode ser uma solução interessante para algumas pessoas.
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Repare que são perspectivas e não receitas de bolo! Para saber qual melhor tipo de exercício, qual volume, quantas vezes por semana ou coisas do tipo, é importante entender uma grande quantidade de fatores. Portanto, se for leigo, procure um profissional; se for profissional, dê uma olhada nas aulas sobre HIIT no #nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/, link no perfil)
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ALGO SOBRE O FRACASSO NA DIETA

Texto do Felipe Nassau :
Sua dieta não sai do papel porque você se interessa demais pelo resultado e não tá nem aí pro processo. Não ter rotina, não prestar atenção no que faz nem na informação que recebe torna a sua alimentação desordenada e desequilibrada... normalmente está mal alimentado, pulando refeição (porque jurou que não precisava daquela fruta) e com fome. E por causa disso, exagerando. Até desistir.
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Organização sempre vai melhorar o aproveitamento do tempo. E tudo que é novo vale a pena ser repetido até ficar automático. E seguir ordens é mentalmente mais confortável que criá-las. Depois disso, você modifica, se enjoar. Variáveis demais dificultam dar atenção aos detalhes de escolha, quantidade e preparo. Quanto mais simples, menos você erra. Agendando dias de compras, higiene e preparo, reservando alguns minutos do dia para organizar o dia seguinte simplifica e faz você errar menos. Assim como um freezer te ajuda a cozinhar menos vezes no mês e uma panela antiaderente reduz o uso de gordura. Mas você jurou que a air fryer era prioridade.
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Uma imersão pode ser útil para automatizar a rotina, assim como “sair da bolha” é importante pra aprender a dizer alguns “sim” e alguns “nãos” até definir quais desvios valem a pena e quais não valem. Planejar as saídas criando um plano objetivo te ajuda a chegar no local mais atento e menos propenso a cometer exageros e voltar para casa satisfeito por ter comido com atenção e voltar para a dieta como se nada tivesse acontecido. Sem neura e sem tentar compensar. Cotas mensais de desvios criam responsabilidade, igual quando você gastava sua mesada em 10 dias e sua mãe não te dava dinheiro nos próximos 20.
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Comer é humano... mas subjetividade demais traz insegurança... que não combina com controle alimentar.
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Mastigar sem pressa e apreciar os alimentos (os nutritivos e os calóricos que planejou) te conecta com o alimento até você conhecer seus gostos e perceber que nenhum exagero era necessário... era sempre desatenção, desorganização e desinformação. E preguiça.
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Vejam as aulas sobre o tema no #Nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com, link no perfil)

SUPINO E FLEXÃO PODEM DAR OS MESMOS RESULTADOS?

Com os avanços da ciência no treinamento resistido, vimos que o músculo não vê a carga ou o exercício realizado, ele interpreta sinais fisiológicos. Estudos mostram que treinos sem carga, com cargas leves ou com elásticos produzem resultados similares a treinos tradicionais de musculação. Os músculos não sabem se você está em uma máquina ultra moderna ou usando o peso do seu corpo. Ou seja, importa mais “como” se faz do que “onde” se faz.
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Confirmando isso, Kikuchi & Nakazato (2017) compararam os efeitos de 8 semanas de treino com flexões ou supino reto (mesma carga relativa) nos ganhos de força e massa muscular de homens jovens. De acordo com os resultados, os ganhos de massa muscular no tríceps e no peitoral foram similares para os dois grupos, bem como os ganhos de força. De a mesma maneira, Calatayud et al. (2015) compararam 5 semanas de treinos feitos com supino ou flexões em jovens treinados em musculação e encontraram resultados similares nos ganhos de força e na ativação muscular. Alguém pode se questionar em como uma pessoa avançada poderia treinar dessa forma (fazendo flexões) para ter bons resultados. Uma primeira opção seria treinar até a falha, sem se preocupar com a quantidade de repetições, já que treinos máximos produzem resultados similares, independente da carga ou repetições. Também pode-se buscar estratégias para aumentar a “carga”. Nesse caso, uma opção seria elevar os pés, promovendo maior distribuição da massa para o apoio das mãos. Outra seria usar elásticos, como no estudo Calatayud et al. (2015). A ilustração da combinação de ambos, elevação dos pés e uso do elástico, está na foto superior que ilustra a publicação.
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Eu recomendo enormemente que assistam as aulas do #Nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/, link no perfil) sobre quantidade de repetições, controle de carga e seleção de exercícios. Elas vão enriquecer sua forma de pensar o treinamento resistido e certamente ajudarão treinar de maneira eficiente em basicamente qualquer cenário!
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Então, bora pensar fora da caixa!
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Eu mandarei os artigos no meu grupo do Telegram. Para entrar vai direto em t.me/drpaulogentil .
(Paulo Gentil - www.paulogentil.com)
Calatayud J, Borreani S, Colado JC, Martin F, Tella V, Andersen LL. Bench press and push-up at comparable levels of muscle activity results in similar strength gains. J Strength Cond Res. 2015;29(1):246‐253. doi:10.1519/JSC.0000000000000589.
Kikuchi N, Nakazato K. Low-load bench press and push-up induce similar muscle hypertrophy and strength gain. J Exerc Sci Fit. 2017;15(1):37‐42. doi:10.1016/j.jesf.2017.06.003.

terça-feira, 12 de maio de 2020

LEITE PODE SER UM BOM PRÉ TREINO

Em uma minha conversa com o nutricionista Murilo Dáttilo surgiu a pergunta sobre alimentação pré treino e uma das coisas que foi falada é que a alimentação depende muito do tipo de atividade que será realizada, dentre outras coisas. Por exemplo, se a atividade for de longa duração e envolver um esforço elevado, é importante estar com as reservas de glicogênios abastecidas, bem como estar adequadamente hidratado.
Com isso surgiram diversas bebidas esportivas que prometem ser especialmente úteis para os atletas. No entanto, se olharmos os rótulos veremos que é basicamente carboidrato líquido. E aí, se o objetivo é tomar carboidratos será que precisamos mesmo se algum “suplemento” ou bastaria usar coisas que já temos em nossa alimentação... por exemplo, o leite! Sim, imagina só, um alimento que antes era visto como veneno (pelo terroristas malucos), agora está sendo usado como pré treino? Essa hipótese foi testada em um estudo recente de García-Berger et al. (2020) envolvendo ciclistas altamente treinados.
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Os ciclitsas completaram uma prova de 18,6km morro acima. Antes da prova, eles tomavam duas doses de 350ml de Gatorade ou leite desnatado, 3 horas e 1,5 hora antes da prova. Em primeiro lugar, ninguém teve caganeira, morreu de alergia, ficou inflamado ou se transformou em um bezerro, ok? Agora, sobre coisas sérias, o estado de hidratação e a performance na prova foram as mesmas nas duas situações. Ou seja, deu no mesmo tomar leite ou Gatorade. Isso só reforça que a alimentação não precisa de terrorismo!
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Na boa, os caras com uma média de 10 anos de competição tomando leite e você aí de frescura? Ah, passa lá no #nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/) para dar uma olhada nessa conversa minha com o Murilo Dattilo e esclarecerá muitas dúvidas sobre exercícios e alimentação.
PS: para quem ainda acha que leite é veneno, recomendo dar uma olhada nesse vídeo: https://youtu.be/eK_4ITEIlGg
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
García-Berger D, Mackay K, Monsalves-Alvarez M, Jorquera C, Ramirez-Campillo R, Zbinden-Foncea H, Castro-Sepulveda M. Effects of skim milk and isotonic drink consumption before exercise on fluid homeostasis and time-trial performance in cyclists: a randomized cross-over study. J Int Soc Sports Nutr. 2020 Mar 30;17(1):17. doi: 10.1186/s12970-020-00346-9.

NIVEIS ALTOS DE MASSA MAGRA TAMBÉM PODEM ESTAR ASSOCIADOS A PROBLEMAS DE SAUDE

Muitos criticam o índice de massa corporal (IMC) porque ele considera apenas peso e altura. Portanto, alguém com muita massa magra (MM) poderia ser considerado obeso. Normalmente eu respondo que até concordo, mas em estudos populacionais as pessoas com IMC alto (acima de 30) devido à MM são raridade e, portanto, não geraria um grande prejuízo nas estimativas. Beleza! Mas agora saiu um estudo que pode nos fazer refletir sobre os riscos de ter IMC alto mesmo com alta MM.
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Colpitts et al. (2020) apresentam dados de composição corporal (DEXA) em aproximadamente 5.000 pessoas, classificando-as em 4 grupos: IMC alto-MM alta, IMC alto-MM baixa, IMC baixo-MM alta e IMC baixo-MM baixa. Algumas variáveis incluídas foram idade, sexo, etnia, ingestão de álcool e hábitos alimentares. Os resultados surpreenderam! Os riscos cardiometabólicos, inclusive de ser diabético, foram os mesmos entre quem tinha IMC alto (>30), independentemente de ter MM alta ou baixa! Isso não é novidade, pois Ortega et al. (2016) já haviam reportado um risco mais de 2 vezes maior de mortalidade prematura em pessoas com MM alta. Detalhe que esse foi um acompanhamento de mais de 60.000 pessoas por mais de 15 anos! Segundo os autores, isso desafia a crença que o IMC seja uma ferramenta frágil por não considerar a MM. Veja, massa magra é bom, o que eles questionam é o excesso!
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Agora não venham com aquele papo de “diga isso pro Arnold Schwarzenegger, que está aí com mais de 70 anos”. Primeiro, com sua grana, ele pode obter tratamentos que pouca gente tem acesso (inclusive já passou por diversas intervenções). Segundo, Mick Jagger, Keith Richards e outros estão com a idade dele e nem preciso falar dos seus hábitos, né? Por fim, estudos assim falam sobre aumento do risco e não que algo certamente acontecerá. Além disso, há diversos fatores que podem influenciar nessa história, inclusive em “como” essa massa muscular foi adquirida. Sem mimimi, por favor! É apenas uma informação interessante para reflexão!
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Para quem quiser ler, o artigo vai para meu grupo do Telegram, para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil.
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
Colpitts BH, Bouchard DR, Keshavarz M, Boudreau J, Sénéchal M. Does lean body mass equal health despite body mass index? Scand J Med Sci Sports. 2020 Apr;30(4):672-679. doi: 10.1111/sms.13605.
Ortega FB, Sui X, Lavie CJ, Blair SN. Body Mass Index, the Most Widely Used But Also Widely Criticized Index: Would a Criterion Standard Measure of Total Body Fat Be a Better Predictor of Cardiovascular Disease Mortality? Mayo Clin Proc. 2016 Apr;91(4):443-55. doi: 10.1016/j.mayocp.2016.01.008.

EXERCÍCIO E SISTEMA IMUNE

Saudações, com a crise do coronavírus temos o surgimento de várias demandas. Uma delas é a necessidade de ocupar nosso tempo com coisas úteis e produtivas. A outra é aprender mais e como o exercício atua na saúde e no risco de adoecimento.
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Pensando nisso, estamos disponibilizando gratuitamente a aula “Exercícios e sistema imune: como fazer (explicando a controvérsia)”. Segue sua descrição:
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A relação entre exercício e sistema imune aparenta ser paradoxal. O excesso causa imunossupressão, enquanto níveis moderados melhoram a imunidade. Desse modo, é essencial entender como essa relação ocorre para poder prescrever de maneira adequada o treino para prevenir o adoecimento e preservar a saúde de pessoas doentes. Com isso, será possível adaptar o exercício a realidade de cada um, dentro de uma perspectiva de riscos e benefícios.
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Para ter acesso, será preciso se cadastrar por meio do site (https://nerdflix.paulogentil.com link no perfil e busquem a aula de Sistema Imune), mas não precisa pagar nada. Cada aula ficará disponível por uma um tempo limitado, para não pesar muito no servidor. Os assinantes não precisam fazer nada, essa aula está disponível normalmente junto com as outras dezenas que você já tem acesso.
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Aos assinantes, acho importante vocês reverem aulas sobre métodos metabólicos e tencionais, sobre hit e sobre grupos especiais que porventura vocês atendam (idosos, gestantes, cardiopatas, pessoas com câncer, etc).
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Mantenham-se ativos e mantenham-se saudáveis, física e mentalmente.
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#conhecimentoépoder #teamcerebro #nobrainnogain

PORQUE É DIFICIL COMER BEM QUANDO NAO ESTAMOS NOS EXERCITANDO NORMALMENTE?

Você já deve ter percebido que, quando não está se exercitando, começa a ter menos disciplina na alimentação. Meio que uma perda de foco ou falta de vontade de comer bem. Ou, visto por outro lado, uma maior atração por comidas não muito saudáveis!
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Um estudo de pesquisadores ingleses e dinamarqueses pode ajudar a entender essa questão. Nele, pessoas com sobrepeso e obesidade fizeram exercícios 5xsemana por 12 semanas. O exercício era simples, com intensidade a 70% da frequência cardíaca máxima estimada para a idade. O estudo envolveu análises muito interessantes do comportamento alimentar, como a questão da recompensa e a propensão a comer excessivamente em resposta a refeições ricas em carboidratos ou ricas gorduras.
Ao final do estudo, os que faziam exercício tinham menores escores para “gostar” das refeições e também menores escores relacionados a “querer”, sugerindo menor atuação da comida como recompensa. Outros pontos que também melhoraram com o exercício foram a suscetibilidade a sentir fome e a propensão a comer compulsivamente.
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Interessante saber isso porque padrões alimentares negativos são associados a maior dificuldade em perder de peso. Isso também pode ajudar a explicar porque muita gente reporta a dificuldade em “comer bem” quando para de fazer exercícios.
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Nesse momento, pode haver pessoas achando estranho, pois reportam aumento de apetite quando faz exercícios. Mas, ao que parece, isso pode ser o corpo querendo repor a energia dispendida ou mesmo fornecer combustível para processos metabólicos associados aos exercício. Ou seja, é uma fome “real”, enquanto a fome Isso tem mais a ver com a parte “emocional” da alimentação.
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Mais um ponto interessante da associação entre exercício e alimentação, pois o exercício pode te ajudar a ter mais foco na dieta. Inclusive, isso foi abordado nas Lives sobre Nutrição e Exercício feitas com @murilodattilo , vejam no #nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/, link no perfil)
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
Beaulieu K, Hopkins M, Gibbons C, Oustric P, Caudwell P, Blundell J, Finlayson G. Exercise Training Reduces Reward for High-Fat Food in Adults with Overweight/Obesity. Med Sci Sports Exerc. 2020 Apr;52(4):900-908. doi: 10.1249/MSS.0000000000002205.

EMAGRECIMENTO- HIIT AJUDA MAS PARANÓIA NÃO

Para perdermos peso de maneira sustentável e saudável é essencial combinar adequadamente alimentação e atividade física. O objetivo, no final das contas, é gerar um quadro metabólico que favoreça a utilização das reservas de gordura pelo corpo. O problema é que normalmente isso é abordado de maneira simplista e acredita-se que simplesmente o lance é comer pouco e se exercitar muito. E aí cria-se um foco na quantidade e se esquece da qualidade.
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Como consequência, as pessoas fazem sessões longas de exercício e ficam paranoicas com a alimentação. No entanto, o caminho do sucesso parece passar longe dessa visão simplista. Inclusive recomendo lerem o meu livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas” e assistir as aulas sobre Emagrecimento no Nerdflix (https://nerdflix.paulogentil.com/, link no perfil) para entenderem melhor.
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Vou ilustrar isso com um estudo de 16 semanas com jovens obesos, no qual Miguet et al. (2020) compararam um treino contínuo (45min em intensidade moderada) e intervalado (HIIT curto, em 30:30 por 15min). Eles também analisaram os padrões alimentares, dividindo entre os que a controlavam para tentar perder peso e os que não tinham essa preocupação. Com relação ao exercício, o grupo que fez HIIT perdeu mais gordura (-4,7%) do que quem fez contínuo (2,8%), e ainda houve perda de massa magra para quem fez contínuo. Agora, algo que chamou a atenção foi o fato de que as pessoas que restringiam a ingestão alimentar não perdiam mais peso. Bem interessante, hein!
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Veja, não estou dizendo que HIIT vai salvar sua vida e que é para comer o que quiser. Apenas destaco que existem boas opções de exercícios (melhores que as tradicionalmente feitas) e que levam menos tempo. Também gostaria que entendesse a importância de comer bem, de maneira consciente, em vez de ser viver na paranoia e nas restrições.
Eu vou mandar o artigo no meu grupo do Telegram. Para entrar veja o link no destaque dos Stories (Grupo Telegram) ou vai direto em t.me/drpaulogentil .
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Miguet M, Fearnbach NS, Metz L, Khammassi M, Julian V, Cardenoux C, Pereira B, Boirie Y, Duclos M, Thivel D. Effect of HIIT versus MICT on body composition and energy intake in dietary restrained and unrestrained adolescents with obesity. Appl Physiol Nutr Metab. 2020 Apr;45(4):437-445. doi: 10.1139/apnm-2019-0160. Epub 2019 Sep 10.

AGUA COM GAS PODE AJUDAR NA DIETA?

Na tentativa de diminuir o consumo de refrigerantes e sucos muita gente parte para a famosa água com gás. E quem aí não curte uma água com gás, gelo e limão não é? Uma alternativa praticamente isenta de calorias e natural, já que a água com gás não passa de agua acrescida de dióxido de carbono sobre pressão, e de alguns sais minerais.

Mas muita gente tem dúvidas se pode ser consumida…

E a resposta é sim! ⠀
Não há evidências científicas que o consumo de água com gás traga algum prejuízo à saúde, muito pelo contrário, alguns estudos sugerem que o consumo dessa bebida pode favorecer a saúde em alguns aspectos, inclusive para quem quer emagrecer!

Estudo conduzido por um grupo de pesquisadores japoneses (Wakisaka et al, 2012) mostrou que o consumo de água com gás induz um significativo aumento da saciedade pós refeição quando comparado ao consumo de água pura ou sem o consumo de bebida. Ao que parece, o fato da água com gás ser um uma bebida efervescente aumenta a distensão gástrica e acaba estimulando uma sensação de plenitude (“estômago cheio”). Estudos prévios já haviam comprovado que o simples fato do estômago se distender (mesmo que com água) já estimula sinais de saciedade para o cérebro, já que no sistema gástrico temos receptores que percebem o estiramento dessa região e manda sinais de saciedade através do nervo vago para o hipotálamo. Outros estudos já mostraram que beber água junto às refeições aumenta acelera a sensação de plenitude e faz com que a gente coma menos (água com gás potencializa ainda mais esse efeito)!

Então meu povo, água com gás, gelo e limão junto às refeições (ou só agua pura mesmo) tá liberado para quem quer emagrecer.

Gostou dessa informação? Te convido para conhecer meu perfil e aproveitar dicas diárias sobre nutrição, exercício e saúde. ⠀FISCHER BRUNO
REFERÊNCIA:
1) Wakisaka et al. The effects of carbonated water upon gastric and cardiac activities and fullness in healthy young women. J Nutr Sci Vitaminol 2012;58(5):333–338.
2) Corney et al. Immediate pre-meal water ingestion decreases voluntary food intake in lean young males. Eur J Nutr. 2016;55(2):815–819.

#emagrecimento #aguacomgas #aguacomgasgeloelimao #dieta