quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ANTICONCEPCIONAIS X ADAPTAÇÕES DO TREINAMENTO

prof.pedroartur
As mulheres, durante boa parte de suas vidas, possuem um ambiente complexo e em constante mudança de hormônios esteroides femininos, seja as variações endógenas de estradiol e progesterona de um ciclo menstrual regular, ou os hormônios sintéticos dos contraceptivos orais.
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Os anticoncepcionais orais são normalmente prescritos com a finalidade de regular uma condição patológica (como a síndrome do ovário policístico - SOP) ou como estratégia de controle de natalidade.
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Dentro dessa perspectiva, há uma dúvida: As mulheres que praticam regularmente exercício físico prejudicam seus resultados com o uso de anticoncepcional?
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É possível que sim!
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Por exemplo, o estudo de Lee et al. (2009) avaliou dois grupos de mulheres (n=73), entre 18 e 31 anos, que praticaram musculação 3xsemana por 10 semanas. Ambos os grupos tinham a alimentação controlada, mas um grupo tomava anticoncepcional e o outro não. No final do estudo, quem ingeriu o contraceptivo, teve 60% menos de hipertrofia e menores níveis de hormônios anabólicos circulantes.
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Da mesma forma, Hansen M et al. (2008) encontraram prejuízos na síntese de colágeno devido os menores níveis de IGF-1 nos tendões, 24 horas após o exercício. Em mulheres que tomavam anticoncepcionais.
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Já o estudo de Minahan C et al. (2015) encontrou menor grau de microlesões e manutenção de força em mulheres que tomavam o fármaco, quando submetidas a um treino excêntrico.
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Na revisão de Yildiz B (2016), é sugerido que a associação do contraceptivo à musculação + dieta pode ser uma excelente estratégia para tratar a síndrome do ovário policístico e regular alguns marcadores de riscos cardiometabólicos.
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Além disso, os contraceptivos podem influenciar o volume vascular, a ventilação e o metabolismo dos substratos energéticos. Aumentando assim o Nº de possíveis estratégias para o aumento de performance esportiva, no entanto, é necessário cautela na interpretação e aplicação desses dados.
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Minhas Conclusões
- Se você ingere para evitar ser mamãe e deseja ter resultados expressivos em algumas adaptações, reveja suas estratégias de controle de natalidade.
- Se você ingere devido uma condição patológica, continue se tratando.

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