quinta-feira, 12 de novembro de 2015

VARIAR EXERCÍCIOS FAZ DIFERENÇA?

Quando se realiza um exercício repetidamente, a incidência de microlesões é diminuída, o chamado efeito da carga repetida. Apesar disso ser importante para prevenir desconfortos e prejuízos na performance, há a possibilidade dessa acomodação ser uma das responsáveis pela diminuição dos resultados em pessoas treinadas, pois as microlesões são um dos fatores (não o único) associado aos resultados ob...tidos com um programa de treinamento. Para contornar essa adaptação, é comum vermos pessoas variando os exercícios com a crença que isso gere uma confusão muscular e, assim, haja maior ocorrência de microlesões nos músculos treinados.

Em estudo com homens jovens do grupo de Zourdos, os participantes realizavam 5 séries de 6 repetições de bíceps no banco inclinado e, após 7 dias, um grupo realizava o mesmo exercício e o outro realizava bíceps no banco Scott, também com 5 séries de 6 repetições. Os marcadores de dano muscular, avaliados, por 4 dias após a sessão não revelaram diferenças entre os grupos. Ou seja, não parece houve diferença no efeito protetor da carga entre fazer os dois tipos de exercício.

Esses resultados sugerem que variar exercício não parece confundir o músculo, sendo muito mais uma questão de motivação ou praticidade do que necessariamente uma forma diferente de trabalhar os músculos. É importante ressaltar no entanto, que tais resultados foram obtidos com os exercícios de isolamento de flexão do cotovelo e seria importante fazer análises em movimentos multi articulares para expandir tais observações. De qualquer forma, isso pode servir para ajudar as pessoas que fazem trocentas variações de exercícios de bíceps e tríceps, acreditando que isso fará algo mágico pelo músculo.

(Paulo Gentil)

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