Nosso intestino (se estiver saudável) absorve o ferro da alimentação, (principalmente das carnes) e leva até o sangue. De lá, ele vai para a medula óssea para produzirmos hemácias saudáveis e funcionais. O ferro excedente pode reagir com nossas membranas através da reação de Fenton causando danos celulares. Por isso, estocamos o excedente na forma de ferritina. Para manter nossas células seguras e liberar ferro para a medula manter a produção das hemácias, caso o consumo ou a absorção reduza, evitando a anemia.
A hemácia vive cerca de 3 meses e é destruída. O fígado recicla compostos dela e usa o ferro para produzir bilirrubina que compõe a bile e auxilia na eliminação de toxinas pelas fezes. Nesse sentido, a ferritina alta passa a ter uma ligação íntima com a saúde hepática e intestinal, caso não esteja eliminando bile através das fezes por falha hepática ou reabsorção intestinal. Tanto é que numa infecção onde haja sobrecarga hepática para ajudar a limpar os resíduos da atividade imune sobre os invasores a ferritina tende a aumentar. Pois se o fígado está muito ocupado ajudando a coordenar e fornecer energia pro sistema imune, sobra menos espaço para o processamento normal de toxinas.
Assim, é importante olhar o quadro como um todo. É fato que o cálcio reduz a absorção de ferro, assim como alguns compostos de cereais, vegetais e chás. E o exagero no consumo de carnes também pode aumentar o ferro... mas condutas que causam terrorismo com carnes magras em quantidades seguras, folhas verdes escuras e frutas cítricas (que aumentam absorção de ferro) geram distúrbios alimentares e carências nutricionais, além de que provavelmente não resolverão o problema.
Cuide de todos esses fatores e se quiser, o teste genético pra hemocromatose. Mas lembre-se de avaliar o funcionamento intestinal e a competência do fígado em fazer a destoxificação.
P/ AGENDAR: link em @felipenassau ou diga “Oi” no DIRECT
Te vejo lá
Nenhum comentário:
Postar um comentário