quarta-feira, 4 de março de 2020

TREINOS INTERVALADOS PODEM AJUDAR NO TRATAMENTO DE CANCER

O tratamento de câncer tem efeitos colaterais bastante conhecidos, como alterações negativas na composição corporal e na capacidade física. Para reverter o quadro, é fortemente recomendado que pessoas que passaram dessa fase iniciem os exercícios. No entanto, a adesão dos pacientes costuma ser baixa e uma das principais barreiras é a falta de tempo. Agora, vamos observar o quadro: as pessoas precisam melhorar a composição corporal e a capacidade física em pouco tempo... Então parece o treino intervalado de alta intensidade (HIIT) poderia se encaixar como uma luva!
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Para avaliar se o HIIT seria viável, um grupo de pesquisadores alemães avaliou os efeitos de um HIIT curto (10 x 1:1) e um HIIT longo (4 x 4:3) em sobreviventes de câncer de próstata e mama. Os HIIT foram realizados na bicicleta a 85-95% da FC máxima, com avaliação de parâmetros fisiológicos e psicológicos, além do acompanhamento das reações adversas. Das 40 pessoas, 38 fizeram todos os protocolos. Desse modo, das 80 sessões possível, apenas 4 não foram concluídas devido ao cansaço dos participantes. Sobre efeitos colaterais, houve duas reclamações de dores no joelho e 1 de tontura após os treinos. A comparação entre os protocolos revelou o que vocês já viram nas aulas de HIIT no #nerdflix (www.aulas.paulogentil.com, link no perfil), com os parâmetros fisiológicos e psicológicos mais elevados no HIIT longo
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Ao final, se concluiu que o HIIT é uma ferramenta segura e viável para pessoas que passaram pelo tratamento de câncer e abre mais um leque de possibilidade para o uso do exercício para além da estética e melhoras de rendimento em pessoas saudáveis. Se me perguntarem qual o futuro da profissão, eu diria que é dominar as ferramentas e usa-las para melhorar a vida da pessoas.
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com)
Schlüter K, Schneider J, Sprave T, Wiskemann J, Rosenberger F. Feasibility of Two High-Intensity Interval Training Protocols in Cancer Survivors. Med Sci Sports Exerc. 2019 Dec;51(12):2443-2450. doi: 10.1249/MSS.0000000000002081.

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