sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

PERDER GORDURA

Nas aulas (disponíveis em www.aulas.paulogentil.com) e no meu livro (disponível em www.paulogentil.com) eu explico que se exercitar na zona de queima de gordura, ou queimar muitas calorias, não são abordagens eficientes para o emagrecimento. Além disso, o discurso simplista de que “basta gastar mais calorias que consumir”, não tem produzido muitos resultados práticos. Tanto que o número de pessoas fazendo dieta nos EUA mais que quadruplicou nos últimos 50 anos (Montani et al. 2015) e o sedentarismo caiu, mas a obesidade não para de subir e mais de 2/3 deles estão acima do peso. No Brasil, houve aumento de 47% da quantidade de obesos entre 2006 e 2013 (Malta et al., 2016). A chance de uma pessoa com IMC acima de 40 voltar ao peso normal é de míseros 0,08%, ou seja, 1 em 1270 (Fildes et al., 2015). Isso tudo apesar dos sabichões dizerem que emagrecer é matemática simples.
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A questão não é discutir a importância do déficit energético, a questão é reconhecer que o metabolismo se adapta. Na Nutrição tem-se percebido que a qualidade dos alimentos pode ser mais importante que a quantidade de calorias. No campo do exercício, as atividades intensas parecem ser mais eficientes. Inclusive, nosso grupo teve um trabalho aceito em um dos principais, senão o principal, jornal científico do Mundo da nossa área (British Journal of Sports Medicine, com FI 7,867, primeiro autor Ricardo Viana), cujo título é “o treino intervalado seria a bala mágica para a perda de peso”. Nele, tentamos esclarecer porque alguns estudos tem resultados tão bons e outros tão ruins. E a reposta parece estar em “como” fazer o treino. Com essa moda do HIIT, há muitos protocolos mal feitos e mal controlados. O trabalho ficou tão bacana que foi selecionado para ser destaque de mídia! Algo que pouco pesquisadores do MUNDO já vivenciaram!
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Nas aulas, apresento artigos, reflexões e vivências que podem nos ajudar a buscar melhores práticas. Tudo com evidências científicas e todos os artigos ficam disponíveis para você ler e conferir. Não há fórmula mágica, estou compartilhando conhecimento que poderá nos ajudar a nos libertar de práticas inadequadas e buscar outras melhores. Por isso digo que “conhecimento é libertador” e por isso meu livro se chama “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas”. Para saber sobre o livro, visite www.paulogentil.com e para assinar as aulas, visite www.aulas.paulogentil.com.
(Paulo Gentil)
Fildes A, Charlton J, Rudisill C, Littlejohns P, Prevost AT, Gulliford MC. Probability of an Obese Person Attaining Normal Body Weight: Cohort Study Using Electronic Health Records. Am J Public Health. 2015 Sep;105(9):e54-9. doi: 10.2105/AJPH.2015.302773. Epub 2015 Jul 16.
Malta DC, Santos MA, Andrade SS, Oliveira TP, Stopa SR, de Oliveira MM, Jaime P. [Time trend in adult obesity indicators in Brazilian state capitals, 2006-2013]. Cien Saude Colet. 2016 Apr;21(4):1061-9.
Montani JP, Schutz Y, Dulloo AG. Dieting and weight cycling as risk factors for cardiometabolic diseases: who is really at risk? Obes Rev. 2015 Feb;16 Suppl 1:7-18. doi: 10.1111/obr.12251.

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