Diferente do agachamento tradicional onde os pés estão livres, no sissy permanecem fixos e há um apoio bem atrás na sua panturrilha.
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O apoio atrás cria um eixo (gangorra) na sua tíbia, onde de um lado está seu pé fixo e do outro está todo seu peso corporal (figura 1). Perceba que sua tíbia está no meio deste sistema de alavanca criando um vetor de força de anteriorização, é como se você quisesse tirar a tíbia do fêmur (figura 2).
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Como você agacha projetando seu corpo todo para trás com tronco perpendicular ao solo, há uma maior exigência do joelho e menor do quadril reduzindo a distribuição de força entre joelho/quadril. Isso implica numa maior ativação do quadríceps e maior compressão patelofemoral quando comparado a um mesmo agachamento livre com peso corporal, por exemplo.
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O ligamento cruzado anterior (LCA) é o principal componente passivo responsável por evitar que sua tíbia luxe anteriormente (observe a figura 3). O que o Sissy faz é um movimento que se assemelha ao teste de gaveta anterior, teste clínico usado por ortopedistas no diagnóstico de frouxidão/roptura ligamentar. Assim, eu acho muito improvável alguém sofrer lesão no LCA em flexo-extensão, mas não arriscaria em pessoas com histórico rompimento ou rompimento parcial.
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No mais, pela alta demanda do joelho (em comparação ao livre), eu não prescreveria este exercício para iniciantes, pessoas com condropatia patelar e histórico de lesão no LCA.
⠀LUCIANO LOBOFIT
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