quinta-feira, 10 de agosto de 2017

EMAGRECIMENTO COM MEDICAMENTOS

Hoje, duas matérias no uol me chamaram a atencao:
1) obesidade quase dobra entre os jovens brasileiros em 10 anos
2) emagrecedores voltam ao mercado com boca a boca e insegurança jurídica

Da primeira, aprendi que a obesidade (IMC > 30) quase dobrou (4,4% para 8,5%) em jovens de 18 a 24 anos. E o SUS investe, por ano, perto de meio bilhão de reais com obesidade.

Na outra, dos remédios, aprendi que tem um tal de GLP-1, liraglutida, que o tratamento pode chegar a 1 mil reais por mês.
Aí fui ler alguns resumos sobre ele:
1) parece não ser melhor que outros remédios (mais baratos), apesar de ajustar artificialmente o controle glicêmico (10.1002/osp4.84)

2) quando usado JUNTO COM balão gástrico, gera uma perda de 18 (7) kg em 6 meses (10.4103/1319-3767.203362). Além disso, GLP-1 não preveniu reganho de peso. Sem nenhum dos dois, considerando o mesmo período, apenas com dieta e exercícios eu reduzi... 18kg.

3) em estudo de 3 meses (3 mil reais), 3 mg de liraglutida gerou redução de 6 kg, e metade da dose associada a metformina gerou perda de... 3.6 kg. 3.6kg em 12 semanas, em mulheres com IMC de 38!

Ok que tratamento com medicamentos pode gerar alguma ajuda! Mas dos estudos clínicos que vi com humanos, esta ajuda é pequena de mais. Qual o problema?

Algumas pessoas com sobrepeso ou obesidade não querem emagrecer, querem ser emagrecidas. Aí o processo não é sustentável. "Vento fácil não faz bom marinheiro". Se vc quer entrar em um processo de redução de massa corporal, a abordagem tem que ser multifatorial, e grande parte do esforço é individual. Embora decorra das condições objetivas de vida.

Sucesso na caminhada!



FABRICIO BOSCO

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