quarta-feira, 17 de agosto de 2016

CUPPING, EVIDENCIAS CIENTIFICAS?

 Após Michael Phelps, nadador americano, aparecer com marcas circulares roxas durante uma prova, uma "terapia" alternativa ganhou a mídia [1,2 e muitos outros]. A terapia por ventosas ou "cupping" é feita com copos que são aquecidos e colocados em pontos específicos na pele. Simplificando, o ar se contrai ao esfriar, o que leva à sucção da pele.
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Não há nenhuma evidência científica que valide a utilização da terapia. Vários artigos publicados, reportam que a terapia seria eficiente no manejo na percepção da dor, mas nenhum estudo utilizou um controle adequado e todos os resultados poderiam ser explicados pelo efeito placebo [3, 4, 5, 6]. Muitas pessoas, mesmo sabendo da ineficácia do método, argumentam que no manejo da dor e no esporte, em particular, mesmo que os resultados sejam decorrentes do efeito placebo, eles são benéficos.
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No entanto, para isso ser verdade, a terapia não deveria oferecer riscos, o que não é o caso do "cupping". Várias consequências indesejáveis já foram relatadas, como hematoma espinhal epidural [7], ruptura de artéria [8] e em alguns casos a terapia deixa buracos nas costas [9]. É claro que esses exemplos são casos extremos. Mas não venha falar que esse placebo não oferece riscos.
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Esse ano é a vez do cupping! Na olimpíada passada a moda era a fita Kinesio, adesivos de pele que também prometiam alívio de dor, mas sem princípio ativo algum.
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Antes disso a moda entre os atletas eram as pulseirinhas Power Balance, que prometiam aumentar a força e equilíbrio com seus "hologramas quânticos", que "ressonavam a energia natural do corpo". Qual será a próxima moda em 2020?                                                                                                                                                                                

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