sexta-feira, 20 de outubro de 2017

TERRORISMO BIOMECANICO

De uns tempos para cá temos observado posicionamentos exagerados em relação à técnica dos #exercícios de #musculação. Corrigir nossos alunos deve levar em consideração os fundamentos da biomecânica e estudos aplicados com clareza e objetividade. Fazer inferências extrapolando a lógica biomecânica e resultados de pesquisas terminam por complicar algo que deveria ser simples, criando metas e padrões muitas vezes inexistentes e portanto inalcançáveis. Ao mesmo tempo, fazer orientações baseadas em especulações e pouco conhecimento pode causar confusão ou adoção de práticas inócuas ou perigosas. Um exemplo é o excesso de cuidado com a posição da cabeça em exercícios como #agachamentos e levantamentos (terra; #stiff), em que se alerta para a compressão das vértebras cervicais com a extensão do pescoço, dessa forma, o pescoço deve impreterivelmente ficar em posição neutra para não aumentar risco de #lesão na cervical. A questão é: até que ponto essa extensão é perigosa? Acontece que nesses exercícios as cargas incidem da cintura escapular para baixo e não na cervical, ou seja, não existe carga adicional além do peso da sua própria cabeça, o que geraria uma magnitude de compressão em condições fisiológicas. Além do mais, o receio em estender a cabeça durante esses exercícios pode desencadear uma cascata de posturas inadequadas e assim deixar o restante da coluna susceptível a uma compressão perigosa. Para finalizar, em um posicionamento sobre técnica de agachamento que contou com a colaboração de um dos maiores especialistas em coluna do mundo o Dr, Stuart McGill, recomenda-se que pescoço faça uma leve extensão durante o exercício e o olhar deve estar direcionado para o horizonte ou levemente acima. Essa posição deve garantir a estabilidade e posição ereta da coluna torácica e garantir uma boa postura da parte superior do tronco.

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