sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

TRANSGENEROS LEVAM VANTAGEM NA PERFORMANCE POR MAIS DE 14 ANOS

 Tenho um vídeo no meu canal do YouTube e aulas no @nerdflix em que explico sobre hormônios. Lá vocês verão que a testosterona tem forte influência em vários órgãos e sistemas, algumas dessas influências começam mesmo dentro do útero. Além de começarem cedo, muitas dessas mudanças são permanentes e possivelmente não serão revertidas, mesmo que uma pessoa interrompa sua produção de testosterona e inicie o uso de hormônios femininos por mais de uma década. Tal fato torna bastante complicado, do ponto de vista fisiológico, defender que pessoas nascidas com cromossomos XY compitam com pessoas nascidas com cromossomo XX (pronto, usando a descrição biológica, acho que não terá mimimi, né?), conforme mostra um estudo recente (Alvares et al., 2022)

O estudo comparou mulheres transgêneros (mulheres com cromossomo XY, próstata etc.), mulheres com cromossomo XX e homens. As transgêneros estavam recebendo terapias hormonais por uma média de 14,4 anos, tendo iniciado o tratamento com uma média de 17 anos. Os resultados mostraram que o consumo de oxigênio foi de 3,36L/min para homens, 2,61para mulheres trans e 2,17 para mulheres. A força de preensão manual seguiu a mesma ordem, com 48,4, 35,3 e 29,7kg respectivamente, e o mesmo para massa muscular esquelética: 36, 30,7 e 21,9kg. Ou seja, mesmo após uma média de 14,4 anos de tratamento, as mulheres transgêneros permanecem mais fortes, mais musculosas e com maior capacidade cardiorrespiratória que mulheres de cromossomo XX (com útero, ovário etc.).
Por curiosidade: o tempo de tratamento que uma mulher trans precisa ter feito para participar em esportes fica entre 1 a 2 anos para a maioria das federações, sendo que a maioria já era atleta competitivo quando iniciou a transição. E aí, acha FISIOLOGICAMENTE justo?
Aproveito e deixo o convite para assistirem às aulas sobre hormônios do @nerdflix_br (https://nerdflix.paulogentil.com/
), custa menos de R$1 por dia para ter acesso ao que há de melhor em informação na área!
doi: 10.1136/bjsports-2021-105400.

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