quinta-feira, 13 de junho de 2019

JA OUVIU FALAR EM LEPTINA?

A palavra leptina vem do grego leptos, que significa "magro".
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A leptina é um hormônio protéico produzido pelo tecido adiposo (local onde a gordura é armazenada), e quando lançada na corrente sanguínea chega ao cérebro e age especificamente no hipotálamo inibindo a fome.
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Fazendo uma analogia, a leptina funciona como a imagem em destaque, no caso, o Tom seria a comida e o cão seria fome. O Tom está provocando o cão (o que muitas vezes as comidas deliciosas fazem com a gente kk).
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O que impede o cão de atacar o Tom é a corda onde ele está preso. A leptina funciona da mesma forma, ou seja, ela age como uma corda inibindo a fome e com isso você não ataca à comida.
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"Mas professor, se a leptina é produzida no tecido adiposo, então quanto maior a quantidade de gordura maior a produção de leptina, Correto!?"
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Sim! Aliás, indivíduos obesos produzem 4 vezes mais leptina em comparação com indivíduos magros.
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"Então se uma pessoa obesa produz mais leptina, consequentemente não era pra ela ter uma menor sensação de fome?" ...
Sim! Isso era esperado.
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Contudo, parece que esse paradoxo observado em obesos é por uma falha nos receptores da leptina no hipotálamo, onde ela acaba não exercendo sua função, mecanismo parececido com a resistência à insulina observado no diabetes tipo 2.
Mutações em ratos ou em seres humanos que levam à incapacidade de produzir leptina ou que geram receptores defeituosos no hipotálamo, podem levar a hiperfagia (aumento do apetite) e obesidade.
Lembrando que a leptina tem outras funções, como por exemplo, aumenta o metabolismo, o gasto energético e a atividade simpática, inibi a secreção de insulina, dentre outras.
@personal_edmarlima
@fisiologia_analoga
Referências:
HALL, John E. Guyton e Hall tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2017.
GENTIL, Paulo. Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas. Rio de Janeiro: Spring, 2011.
MCARDLE, Wiliam; KATCH, Frank; KATCH, Victor. Fisiologia do exércicio: nutrição, energia e desempenho humano. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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