terça-feira, 29 de maio de 2018

ALIMENTOS E SUPLEMENTOS NA PRE GESTAÇÃO

E importa ressaltar que na gestação a sensibilidade à insulina está reduzida, chegando à 50% a partir da vigésima quarta semana gestacional (período onde é solicitada a curva glicêmica). Ou seja, é importante que a gestante evite o consumo de alimentos de alto índice e carga glicêmicos, como farinhas de cereais (farinha de arroz, farinha de trigo, farinha de milho, farinha de mandioca, polvilhos, tapioca), dando preferência à raízes e tubérculos (aipim, mandioquinha, batata doce, cará, inhame, abóbora), aveia, quinoa, amaranto, e sempre associar os carboidratos a boas fontes de gordura (coco, óleos vegetais prensados à frio, sementes, abacate) e fibras (hortaliças, biomassa de banana verde, frutas com casca, vegetais com casca). Comer mais de duas porções de frutas numa mesma refeição também não é interessante – melhor consumir apenas uma porção junto de uma fonte de gordura ou fibra extra, com exceção se a segunda fruta tiver índice glicêmico baixíssimo (coco, abacate, frutas vermelhas, limão).
O consumo de ômega 3 é imprescindível, pois influencia positivamente sobre a formação neurológica e da retina do bebê, além de auxiliar na prevenção de Diabetes Gestacional e pré-eclâmpsia. As melhores fontes são os peixes marinhos pequenos e os frutos do mar de forma geral (os moluscos bivalves, como marisco, berbigão e ostra, são contraindicados na gestação), o óleo de linhaça e o óleo de chia prensados à frio, além de algumas algas marinhas. Sabe-se que o leite materno é rico em DHA (ácido docosahexaenoico, da família do ômega 3), mas se a mãe consome bastante DHA na sua alimentação, esse teor se torna ainda maior. Se necessário e possível, um bom suplemento contendo pelo menos 500mg de DHA também é bem-vindo. O ômega 3 também ajuda a prevenir depressão pós-parto, especialmente quando seu consumo já era significativo desde a gestação.

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