quinta-feira, 16 de junho de 2022

VARIAR OS EXERCÍCIOS PROMOVE HIPERTROFIA EM DIFERENTES PARTES DOS MÚSCULOS?

 Dentro de uma academia há diversos aparelhos. Aliás, na própria musculação há diversos exercícios para um mesmo grupamento muscular. Isso gera muitas dúvidas sobre sua utilidade e necessidade. Dentre os principais argumentos há alguns que prevalecem, como de que variar seria necessário para ter mais resultados e de que variar seria necessário para trabalhar diferentes partes do mesmo músculo. O primeiro argumento é bem abordado na aula sobre “Periodização” e “Treinamento com recursos alternativos” no @nerdflix_br (NERDFLIX | NERDFLIX ).. sem muitas novidades. Sobre as partes do músculo, você também verá aulas lá... mas há estudos recentes que merecem ser citados.

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Nesse sentido, Costa et al. (2021) colocaram homens jovens para treinar por 9 semanas seguindo 2 abordagens diferentes: 1) fazer sempre os mesmos exercícios (ex: supino reto e leg press) e 2) variar a cada sessão (supino reto/inclinado/declinado e leg press/agachamento/hack). Imagens de ultrassonografia foram obtidas de diferentes partes do músculo para avaliar se haveria mudança nos locais que mais “crescem” com cada protocolo. Para ser mais claro, será que precisamos fazer diferentes supinos para promover hipertrofia em todas as partes do peitoral? Ou devemos variar os exercícios de coxa para promover hipertrofia nas regiões da coxa que ficam mais perto do joelho ou mais perto do quadril? Valeria a pena variar os de bíceps e tríceps?
A resposta para a questão foi NÃO! Os dados revelam que não havia diferença na hipertrofia das diferentes partes dos músculos (bíceps, tríceps, quadríceps ou posteriores de coxa) para quem mudava o exercício ou fazia sempre o mesmo.
Em resumo, variar exercícios pode ser interessante para motivação, para adaptar a uma limitação funcional ou para aproveitar melhor algum método. Mas fazê-lo com objetivo de promover hipertrofia seletiva parece ser pura perda de tempo! Bora parar com a visão de açougueiro, meu povo!! Nada novo para quem assina o Nerdflix, né?
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com
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DOI: 10.1055/a-1308-3674

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