quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

TREINO PESADO E AERÓBIO

Em postagens anteriores, mostrei evidências que a musculação não está associada a problemas cardiovasculares, pelo contrário, ela pode melhorar esses parâmetros.... Ou seja, quem pega peso não vai morrer do coração por causa disso e nem precisa fazer aeróbios para salvar sua vida, o que derruba a velha ideia de que o treino de musculação deva ser complementado com exercícios aeróbios.
Em uma revisão bem interessante, James Steele e colaboradores buscaram elucidar os mecanismos e fatores que fariam a musculação melhorar a função cardiovascular e concluíram que o treinamento MÁXIMO promove as melhores adaptações, e que essas adaptações normalmente não diferem das produzidas pelos exercícios aeróbios. Ou seja, malhar pesado faz tão bem para o coração quando fazer aeróbios. Segundo os autores, os treinos intensos de musculação provocariam ganhos no condicionamento cardiovascular ao mesmo tempo que promovem melhoras na força, potência e outras variáveis de aptidão e saúde. Isso pode representar uma importante economia tempo, já que a pessoa não precisa realizar diversas atividades. Convenhamos, isso é um baita alívio para quem não tem tempo e/ou saco para as atividades aeróbias!
Mas antes de correr para a academia, entendam que o aspecto central disso é INTENSIDADE, ou seja, nada de passar horas na musculação fazendo milhares de séries e repetições submáximas!! Como sempre digo e coloco nos meus livros, o resultado está associado à intensidade do que se faz, seja para o ganho de massa muscular, perda de gordura ou saúde.
Ah, e não venham com a lorota das exceções, pois é óbvio que o treino de musculação deve ser adaptado e a individualidade observada, mas isso ocorre em qualquer tipo de intervenção!
(Paulo Gentil)
Steele J, Fisher J, Bruce-Low S. (2012). Resistance Training to Momentary Muscular Failure Improves Cardiovascular Fitness in Humans: A Review of Acute Physiological responses and Chronic Physiological Adaptations. Journal of Exercise Physiology Online, June 2012, 15 (3), pp. 53-80

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