sexta-feira, 14 de abril de 2023

PODERÍAMOS TER SALVO 66% DAS VIDAS NA PANDEMIA

 Me recordo que, durante a Pandemia, enquanto muita gente resolveu lacrar e militar, vários pesquisadores lutaram para trazer soluções. Eu, por exemplo, produzi diversos trabalhos, sempre destacando que deveríamos valorizar os espaços de atividade física e recomendar exercício em TODOS os casos.

Quando digo todos, incluo pessoas hospitalizadas. Isso me levou a ser chamado de genocida, pesticida, Emicida e até hidroclotiazida... sem contar o negacionista, facista, taxidermista e feladaputista.🥴
🛑Pois bem, agora talvez estejamos vendo o quanto pagamos pela politização da saúde e chega a hora de vários “eu te disse”. Sobre atividade física dentro do hospital, trago um estudo com participação do Gigante Mikel Izquierdo (o sigam nas redes e entrem em seu grupo do Telegram, pois ele sempre compartilha informação de qualidade) e também do incrível Rodrigo Ramirez-Campillo, um chileno que está entre os maiores do Mundo em treino resistido.
👉No estudo, 439 hipertensos hospitalizados foram divididos em grupo que fazia exercício e um que não fazia. O treino envolvia diversas atividades feitas com supervisão direta 3-4x semana. Os resultados revelaram que fazer exercício era um dos marcadores prognósticos da sobrevivência. Para ser mais claro, a taxa de mortalidade entre quem não se exercitava foi mais que o triplo em relação aos que se exercitavam (26,05 vs 7,96%). Ou seja, dentro dessa população, se TODOS tivessem se exercitado poderíamos ter salvado a vida de 2 em cada 3 pessoas! Tem noção do que é isso?
Com certeza quem assistiu minhas aulas no Nerdflix ou leu meus artigos vai lembrar de minhas palavras e sugestões, bem como das ofensas que sofri (aliás, esses dias vi profissionais portugueses me ofendendo nesse sentido). E agora, será que continuarão com essa bobagem? Para quem não viu, enviarei os artigos no grupo do Telegram. Por fim leve isso como aprendizado caso o Mundo sofra com algo similar no futuro... o que infelizmente é provável de ocorrer.
Doi: 10.1152/japplphysiol.00544.2022

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