sexta-feira, 21 de abril de 2023

DEMÊNCIA TAMBÉM É UM PROBLEMA DO MÚSCULO

 O envelhecimento é associado à redução e perda de diversas funções, tanto nos músculos quanto em outros órgãos, como o caso do cérebro. Estas são associadas à perdas cognitivas e demência, como as vistas na Doença de Alzheimer.

Apesar da Doença de Alzheimer ser caracterizada por alterações nos neurônios, há evidências que, logo nos estágios iniciais, há perda de massa muscular, força e disfunções no metabolismo dos músculos, especificamente nos mitocôndrias. Para ser mais claro, nos estágios pré-clínicos da doença, mesmo antes de haver a demência, o músculo começa a se deteriorar. Com isso, alguns pesquisadores sugerem que manter a saúde muscular possa ajudar a prevenir a Doença de Alzheimer. Nesse sentido, há mesmo evidências de que o exercício ajude a reduzir a quantidade de placas amiloides e melhorar a cognição. Todas essas informações foram trazidas recentemente em um estudo publicado no Journal of Applied Physiology por Brisendine & Drake, que enviarei no meu grupo do Telegram.
Essas evidências são muito fortes e reforçam que ter massa muscular, força e fazer exercícios vão além da estética. Países como Portugal e Itália já possuem 20-30% da população em idade avançada e, apesar de ter uma população relativamente jovem, o Brasil está com um número cada vez maior de idosos. É interessante que informações sobre as estratégias para prevenir e tratar problemas de saúde associados ao envelhecimento sejam disseminadas e quebremos o estereótipo de que profissionais de Educação Física tenham como seu maior mérito, a estética de seus corpos e de seus alunos.
Convido a assistirem as aulas sobre idosos, no https://nerdflix.paulogentil.com/
(link na bio). Primeiro vejam as aulas propriamente ditas, depois assistam as conversas com outros profissionais, pois aí entenderão também a parte prática e humana desse trabalho.
Doi: 10.1152/japplphysiol.00659.2022

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