quarta-feira, 24 de setembro de 2014

EXERCÍCIOS NO CALOR

23 de setembro começa a primavera e o calor aumenta… e aí vem aquela moleza… como todos somos pessoas disciplinadas não deixaremos de treinar por isso, né?Mas s...erá que existe alguma forma de minimizar a perda de performance que ocorre durante o calor?
Ah, é importante destacar que essa moleza sentida no calor tem fundamentação fisiológica! Nosso corpo tem uma margem de temperatura considerada ideal para funcionar e quando a temperatura externa está elevada, ele precisa perder calor para manter-se nessa margem. No entanto, as contrações musculares produzem calor (inclusive o motivo pelo qual começarmos a tremer no frio: para produzir calor), assim, quando começarmos a nos movimentar muito produzimos ainda mais calor fazendo com que cheguemos mais precocemente a uma temperatura crítica, o que está associado à fadiga.
Em um estudo de pesquisadores texanos, 11 homens treinados realizaram exercícios até a fadiga a 10 ou 37°C com intensidade de 80 ou 100% do VO2máx, totalizando 4 situações. De acordo com os resultados, o tempo até a fadiga na intensidade de 100% foi igual entre as temperaturas, no entanto, a 80% se fadigava em metade do tempo quando a temperatura estava em 37°C. Ou seja, a temperatura elevada prejudica mais a performance em atividades de duração mais longa. E isso corrobora o que falamos anteriormente, pois a atividade prolongada promove mais elevações de temperatura.
Quais as implicações disso para você? Se você está sentindo seu rendimento cair devido ao calor, procure as atividades de duração mais curta e intensidades mais altas. No caso da musculação busque os treinos tensionais, com menos repetições e intervalos mais longos entre as séries. No caso do HIIT, busque as atividades com tiros mais curtos e intervalos mais longos, como os tiros de 30” com 4’ de intervalo.
(Paulo Gentil)
Mitchell, JB, Rogers, MM, Basset, JT, and Hubing, KA. Fatigue during high-intensity endurance exercise: The interaction between metabolic factors and thermal stress.J Strength Cond Res 28(7): 1906–1914, 201

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