sexta-feira, 19 de julho de 2013

ALGO SOBRE ALIMENTAÇÃO E PERFORMANCE


A importância da alimentação do atleta visando a melhora da performance

O impacto da nutrição no desempenho físico vem despertando a atenção de atletas de diversas modalidades, tanto coletivas quanto individuais.

A maior preocupação é em relação ao rendimento, alimentação de treino e de competição. Geralmente, os atletas dedicam-se a múltiplas sessões de treinamento por longos períodos de tempo e ainda se ocupam de outras atividades do cotidiano.

Não existem dúvidas de que a alimentação do atleta afeta a sua saúde, seu peso e composição corporal. Além de afetar a disponibilidade de substratos durante o exercício, a recuperação depois do exercício, o desempenho físico e, conseqüentemente, sua rotina de vida.

Para melhorar o desempenho, é necessário seguir práticas de boa nutrição e consumir com cautela suplementos e ergogênicos, além de ter uma alimentação com uma grande variedade de alimentos em quantidades adequadas.

As preocupações nutricionais podem ser divididas em duas áreas: nutrição durante o treinamento e nutrição na preparação para a competição e durante a mesma.

Nesta seção iremos focar a atenção na nutrição durante a fase de treinamento.

Nutrição durante o treinamento

A primeira necessidade do atleta é adequar sua ingestão calórica. Alcançar o balanço energético é essencial para a manutenção da massa magra, funções imunológicas e reprodutivas, além de otimizar a performance. Uma ingestão limitada promove a utilização de tecidos magros e gordos como combustível, resultando em perda de músculos diminuição da força e resistência. Uma ingestão energética baixa e crônica pode levar a uma ingestão pobre em nutrientes, principalmente micronutrientes. Em mulheres, por exemplo, pode haver alterações nos níveis de hormônios gonadotróficos, como LH e FSH, acarretando amenorréia e perda de massa óssea.

 

 

 

Necessidades de Macronutrientes

Para atletas, as recomendações energéticas devem considerar o tipo de exercício, intensidade, freqüência e duração, além dos gastos energéticos de um dia com atividades normais.

Com o aumento do volume e intensidade de treinos, ocorre uma maior utilização de carboidratos.

As recomendações tradicionais de percentuais dos nutrientes em relação ao valor calórico da dieta podem não atender as necessidades reais destes macronutrientes em situações onde há inadequação calórica. Estas podem ser mais precisas quando se baseiam no peso corporal.

A ingestão de carboidrato deve ser enfatizada antes, durante e após os exercícios físicos a fim de auxiliar a performance do indivíduo e retardar o início de fadiga muscular. As recomendações de proteína, propostas por Lemon et ai. giram em tomo de 1,2g proteína/kg peso, para atletas de endurance, e 1,6 a 1,7g proteína/kg peso para atletas de resistência. Ingestões maiores que essas recomendações não resultam em maior síntese muscular.

Vitaminas e Minerais

Os micronutrientes ocupam considerável importância na produção energética, síntese de hemoglobina, manutenção da massa óssea, função imunológica e proteção dos tecidos corporais do estresse oxidativo. Teoricamente, seria necessária uma maior ingestão de vitaminas e minerais, já que o exercício promove maior utilização das vias metabólicas, aumenta o turnover desses nutrientes e também aumenta sua necessidade por um aumento nos danos celulares.

Um exemplo disso é o aumento das necessidades de vitaminas do complexo B, relacionado com a produção energética, síntese de proteínas e reparo celular. Uma ingestão calórica adequada, e uma alimentação rica e variada deve supri-las.

O estresse oxidativo, que deveria estar aumentado no organismo de atletas, talvez não seja tão intenso, pois atletas bem treinados possuem mecanismos adaptativos que estimulam mais o sistema antioxidante, quando comparados com pessoas sedentárias.

A depleção de ferro é a deficiência mais observada em atletas, principalmente mulheres. A baixa ingestão energética, ausência de alimentos de origem animal na dieta, dietas vegetarianas e aumento nas perdas de ferro (pelo suor, fezes, urina, menstruação), seriam responsáveis pelo baixo estoque corporal de ferro. A incidência de anemia em mulheres atletas é semelhante à encontrada na população em geral (9 a 11 %).

Observa-se também uma baixa ingestão de zinco pelos indivíduos. Porém não é possível mensurar a deficiência desse mineral, já que não existe um diagnostico específico.

Dieta de Treinamento

As diferenças na alimentação de um atleta para um indivíduo normal são as maiores necessidades de fluidos (para perdas pelo suor) e de energia (combustível para a atividade). Essa energia adicional é recomendada que provenha de carboidratos. Há um ligeiro aumento nas necessidades de proteínas, que é facilmente suprida por uma dieta balanceada e rica em energia. Em alguns casos há maiores necessidades de proteínas e vitaminas do complexo B.

Também são importantes os horários das refeições, que devem ser determinados de acordo com as características gastrointestinais individuais. Se o atleta possui vários períodos de treinamento ao longo do dia, ele pode precisar de mais de seis refeições diárias. Devem alimentar-se próximos aos treinamentos; se o treino for no começo da manhã, além do desjejum, um lanche da noite reforçado pode ser necessário.

Fonte: Dra. Patrícia Bertolucci

 

 

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