domingo, 19 de junho de 2011

A VERDADE SBRE OS ADOÇANTES

A VERDADE SOBRE OS ADOÇANTES



Os adoçantes não são a invenção mais adorada pelos nutricionistas e são vários os motivos pra isso. Perguntas como “adoçantes fazem mal à saúde” ou “qual a diferença entre eles?” sempre chegam ao consultório trazidas por clientes preocupados com os efeitos que o consumo do produto pode acarretar.
Mais resumidamente, existem várias marcas de adoçantes disponíveis no mercado e nos restaurantes e na verdade a marca comercial que você utiliza pode não ser composta apenas por edulcorantes. Independente de ser Zero-Cal, Splenda e E-Qual, você deve procurar saber no rótulo qual o edulcorante que foi adicionado. Alguns produtos vão ter apenas um edulcorante e outros vão ter uma mistura deles. Então o E-Qual, por exemplo é um adoçante artificial mais doce que o açúcar e por isso acaba sendo usado em quantidade pequena para adoçar. Isso é muito importante porque quando a gente usa menos adoçante os efeitos adversos também são menores. No caso do E-Qual, o edulcorante presente se chama aspartame e é o mesmo utilizado na maioria dos refrigerantes, em muitos chicletes e em vários produtos diet. O que acontece é que cerca de 10% do aspartame é convertido no metanol. Esta substância também está presente em frutas e verduras, porém, em menor quantidade. Além disso, esses alimentos naturais como as frutas, terão compostos que impedem que o metanol seja convertido numa toxina chamada formaldeído. Então, enquanto os alimentos na forma natural vão conter substâncias protetoras, elas não estão presentes nos adoçantes e nos alimentos dietéticos. Por isso, enquanto alguns cientistas acham que em pequenas quantidades os adoçantes utilizados seriam inofensivos, outros pesquisadores e nutricionistas são categoricamente contra os mesmos, já que efeitos colaterais como tremores e até depressão são encontrados na literatura.
Outro ponto bastante divulgado e que apesar do adoçante conter zero quilocalorias, ou seja, não engordar em si, o aspartame acaba estimulando algumas áreas do cérebro que deflagram a fome e às vezes, a compulsão alimentar. Então eles não trazem a longo prazo nenhum benefício para as pessoas que querem perder ou controlar o peso. Isto não acontece só com o aspartame, mas com outros adoçantes também.
Outro adoçante bem popular, bem vendido atualmente que às vezes as pessoas me perguntam principalmente no consultório é o Splenda, que tem como composto base a sucralose. A sucralose também é artificial, também tem zero calorias, não promove cáries e também é mais doce que o açúcar. A sucralose é o resultado da adição do cloro à molécula de açúcar. Com essa modificação da estrutura do açúcar, o organismo não consegue quebrá-la, ou seja, não consegue retirar energia da molécula e por isso a pessoa não engorda. Porém, se o usuário do Splenda não tiver um intestino bom, e quem quiser saber mais sobre o assunto pode ler sobre a disbiose, a sucralose pode ser absorvida em até 40%, caindo na corrente sanguínea e causando inflamação, o que dificulta a perda de peso e o controle do diabetes.
O terceiro adoçante mais perguntado, e também um dos mais vendidos até pelo valor é o Zero Cal. O Zero Cal e outros adoçantes destes que são mais transparentes e mais baratinhos contém na verdade uma combinação de sacarina sódica e ciclamato de sódio. Por conter sódio, eles não são apropriados para hipertensos. Além disso, eles contêm um sabor residual mais amarguinho e quando utilizado em grande quantidade, não são bem aceitos.
A sacarina é um adoçante bem antigo e muito estudado. Algumas pesquisas o ligam ao câncer, principalmente câncer de bexiga em ratos e por esse motivo, ela foi banida em alguns países da Europa e também no Canadá. No Brasil e nos Estados Unidos ela é liberada e está presente em uma enormidade de produtos dietéticos inclusive em refrigerantes misturados com aspartame.
Espero ter ajudado esclarecendo estas questões, que considero de extrema importância.
Um abraço a todos
Andreia Torres
Nutricionista
CRN 1685 - 1

Nenhum comentário:

Postar um comentário