sexta-feira, 8 de outubro de 2010

INFORMAÇÕES:TEMPO SECO E CORAÇÃO

TEMPO SECO E POLUIÇÃO NÃO COMBINAM COM CORAÇÃO

Corbis ImagensEssa rima é realmente um desastre do século XXI. Muito já foi dito, mas o tema continua sendo de grande importância no meio da cardiologia clínica e do esporte.
Os problemas médicos decorrentes do tempo seco vão desde alergias diversas e respiratórias - consequência do ressecamento das mucosas - até sangramentos pelo nariz, ressecamento da pele e irritação conjuntival.
O esportista necessita da sudorese abundante para equilibrar a temperatura corporal durante os exercícios físicos. Com a baixa umidade, ele corre o risco de desidratar, ter uma hipertermia e ainda, complicações como a rabdomiólise* (como ocorreu com o atleta Fábio José de Medeiros, de 62 anos, quando participava da Meia Maratona do Rio de Janeiro, em julho de 2010. Após um mês internado, o maratonista veio a falecer). Isto sem falar da queda de performance, visto que o tempo seco provoca dificuldade de respiração durante a realização de esportes praticados ao ar livre.
Se você é o tipo de atleta que gosta de treinar em áreas abertas - parques, praias, etc. - beba muita água. Tenha cuidado com os isotônicos, pois o conteúdo de sal e glicose destes produtos ao invés de lhe fazerem bem, podem surtir efeitos contrários. Procure reduzir a carga de exercícios e antecipar os horários de treino para antes das 9h. Em dias muito secos, prefira ambientes fechados, com sistema de umidificação. Caso perceba qualquer sintoma no ouvido, nariz ou garganta durante o exercício, pare imediatamente a atividade. E preste muita atenção na intensidade do esforço físico, tendo o cuidado de não ultrapassar seus limites. Vale um alerta também para os banhos, que não devem ser quentes. O uso de buchas também não é indicado, pois as mesmas retiram a proteção de gordura normal da pele, deixando - a ainda mais ressecada.
Aqui vão algumas recomendações gerais que utilizam uma escala empírica de umidade como padrão para se evitar os danos à saúde humana pela baixa umidade relativa do ar. Ela foi formulada pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas em Agricultura da Unicamp e é usada rotineiramente durante a época de  primavera, quando a baixa umidade, além de indicar o perigo de incêndio em áreas vegetadas, pode comprometer seriamente a saúde.
Umidade entre 20 e 30% - Estado de Atenção
•    Evite exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas
•    Umidifique o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc.
•    Sempre que possível, permaneça em locais protegidos do sol, como as áreas vegetadas.
•    Consuma água, sucos e frutas á vontade.
Umidade entre 12 e 20% - Estado de Alerta
•    Observe as recomendações do estado de atenção
•    Evite exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas
•    Evite aglomerações em ambientes fechados
•    Use soro fisiológico para olhos e narinas e cremes hidratantes
Umidade abaixo de 12% - Estado de Emergência
•    Observe as recomendações para os estados de atenção e de alerta
•    Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10/16h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondências, etc.
•    Suspenda atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados, como aulas, cinemas, etc. entre 10/16h.
•    Durante as tardes, mantenha úmidos os ambientes internos, principalmente quarto de crianças. A mesma orientação vale para hospitais.
Ao perceber um dia mais poluído e seco, fique atento aos medidores de qualidade do ar de sua cidade. A elevação dos níveis de Dióxido de  Nitrogênio (NO2) dos escapamentos desregulados e do Dióxido de  Enxofre (SO2), produzido pela queima de combustíveis com muito enxofre, como o diesel brasileiro, podem provocar fenômenos graves à sua saúde, como piora da hipertensão arterial e significativo aumento de complicações cardiovasculares. Seguindo a tabela acima, você poderá evitar estes e muitos outros problemas.
Até a próxima!

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