sexta-feira, 13 de junho de 2025

EXERCÍCIO FÍSICO PODE SER O PILAR CENTRAL NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA

Por meio da liberação de compostos neuromoduladores, como endorfinas, endocanabinoides, dopamina e serotonina, o exercício melhora a analgesia, promove a resiliência emocional e reduz a resposta de recompensa associada a comportamentos aditivos, como fumar.
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Seus efeitos no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal reduzem os níveis de cortisol, enquanto a regulação da melatonina promove a sincronização circadiana e estágios de sono mais profundos. Além disso, o exercício modula o apetite aumentando a sensibilidade à insulina e alterando hormônios como leptina e grelina, contribuindo para o controle do apetite e o equilíbrio energético.
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Esses mecanismos apoiam uma abordagem abrangente para o manejo da dor crônica. Indicando que o exercício física é um componente essencial do manejo da dor crônica baseado no estilo de vida, não apenas por seus efeitos analgésicos, mas também por sua influência positiva no sono, na regulação do estresse, nos hábitos alimentares e na redução do tabagismo. Embora as evidências disponíveis sejam promissoras, mais ensaios clínicos randomizados são necessários para examinar os efeitos do exercício em outros comportamentos de estilo de vida saudáveis, como redução do estresse, modificação da dieta e cessação do tabagismo, para consolidar seu papel na prevenção e no tratamento abrangentes da dor crônica.

MUSCULAÇÃO PODE REDUZIR RISCOS DE FRATURAS

Treinamento de força reduz risco de fraturas em mulheres a partir dos 45 anos!
Estudo publicado no Brazilian Journal of Physical Therapy analisou os efeitos do treinamento de resistência em mulheres com 45 anos ou mais — e os resultados são impressionantes:
51% de redução no risco total de fraturas
44% de redução no risco de fraturas vertebrais
O treinamento de força, realizado pelo menos 3 vezes por semana, foi capaz de melhorar a densidade mineral óssea, a força muscular, o equilíbrio e a coordenação. Esses efeitos combinados ajudam a prevenir quedas e proteger contra fraturas, especialmente na coluna e no quadril — regiões críticas para a saúde óssea em mulheres pós-menopausa.
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Mesmo ganhos “modestos” de massa óssea (1 a 3%) podem gerar grande impacto na prevenção de fraturas.
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musculação não é só estética — é prevenção!
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Fonte: Exercise for the prevention of osteoporosis in postmenopausal women: an evidence‑based guide to the optimal prescription, Robin M. Daly, Jack Dalla‑Via, Rachel L. Duckham, Steve F. Fraser e Eva Wulff Helg, DOI 10.1016/j.bjpt.2018.11.011

quarta-feira, 28 de maio de 2025

DOIS ANOS DE EXERCÍCIO PODEM REVERTER ALGUNS DANOS CARDIACOS RELACIONADOS A IDADE EM ADULTOS

Novo estudo revelou que a prática regular de exercícios pode reverter danos causados por um estilo de vida sedentário e pelo envelhecimento do coração - desde que iniciada antes dos 65 anos.
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Pesquisadores descobriram que treinar de quatro a cinco vezes por semana melhora significativamente a função cardíaca, aumentando a absorção de oxigênio em 18% e recuperando a elasticidade do coração em 25%.
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O programa, realizado ao longo de dois anos, combinava sessões de intensidade moderada, treinos intervalados de alta intensidade e musculação. Os participantes que seguiram esse plano estruturado apresentaram melhorias cardiovasculares expressivas, em comparação com um grupo de controle que praticava apenas ioga e exercícios de equilíbrio.
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Dr. Benjamin Levine, pesquisador principal e diretor do Instituto de Exercício e Medicina Ambiental, destacou que o exercício físico deve ser tratado com a mesma importância que a higiene diária. O estudo mostra que o envelhecimento sedentário torna o ventrículo esquerdo do coração mais rígido, prejudicando sua capacidade de bombear sangue eficientemente, o que pode levar à insuficiência cardíaca. No entanto, treinos aeróbicos e de força feitos com regularidade durante a meia- idade podem restaurar a elasticidade do coração.
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Publicado na revista Circulation, o estudo reforça que manter-se ativo é uma ferramenta poderosa para preservar a saúde do coração e evitar a deterioração cardíaca relacionada à idade. Exercitar-se corretamente pode, de fato, reverter os danos ao coração.


MUSCULAÇÃO REDUZ RISCO DE ALZHEIMER EM IDOSOS

Estudo da Universidade de Harvard aponta que idosos que praticam musculação regularmente têm menor risco de desenvolver Alzheimer e outros tipos de demência. A atividade fortalece o corpo, melhora a circulação no cérebro e estimula substâncias que protegem as funções cognitivas.
Especialistas recomendam treinos de força pelo menos duas vezes por semana, sempre com orientação profissional. Além de fortalecer os músculos, a musculação pode ser uma aliada poderosa da saúde mental na terceira idade.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

MUSCULAÇÃO PODE SER MAIS EFICIENTE QUE AERÓBIO NA PERDA DE GORDURA E CONTROLE DA GLICEMIA

Estudo publicado no jornal científico Diabetologia, mostra que a musculação pode ser mais eficiente para queimar gordura e controlar o açúcar no sangue do que os exercícios cardiorrespiratórios.
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Os voluntários que fizeram treinos de força tiveram aumento de massa magra e apresentaram melhores índices de controle do açúcar no sangue. Os que se concentraram em treinos de cardio não tiveram aumento de massa magra e tiveram resultados inferiores relacionados ao controle de açúcar no sangue. Os autores reforçaram que os exercícios de cardio são importantes e continuam sendo necessários, mas os efeitos metabólicos dos exercícios de musculação são mais consistentes.
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Fonte: Strength training is more effective than aerobic exercise for improving glycaemic control and body composition in people with normal-weight type 2 diabetes: a randomised controlled trial, Kobayashi et al. Diabetologia. 2023.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

SAIR DA LINHA DO SEDENTARISMO É FUNDAMENTAL.CLARO QUE EXISTEM ABORDAGENS MUITO MAIS EFICAZES, SE VC NÃO AS FAZ PELO MENOS CAMINHE

A atividade física é a intervenção mais eficaz para promover saúde cerebral e longevidade, com benefícios cientificamente comprovados para o aumento do volume cerebral, aprimoramento da memória e redução do risco de doenças neurodegenerativas. Mesmo atividades moderadas, como a caminhada, exercem um impacto profundo na estrutura e função do cérebro.
Evidências científicas demonstram os benefícios da caminhada para o cérebro:
4.000 passos por dia estão associados a um aumento mensurável na substância cinzenta e branca do cérebro, indicando melhora na conectividade neuronal e proteção contra a degeneração cognitiva.
✔ Caminhar 40 minutos, 3 vezes por semana, durante um ano resultou em um aumento de 2% no volume do hipocampo, estrutura essencial para a memória e aprendizado. Esse efeito equivale a reverter de 1 a 2 anos de atrofia cerebral relacionada à idade.
Indivíduos menos ativos que passaram a caminhar cerca de 3 horas diárias apresentaram um aumento médio de 11 anos na expectativa de vida.
A caminhada é uma intervenção acessível, não farmacológica e altamente eficaz para preservar a cognição, reduzir o risco de doenças neurodegenerativas e promover a longevidade.
Incorporar esse hábito na rotina diária pode representar um dos investimentos mais valiosos para a saúde do cérebro e do corpo ao longo da vida.
REFERÊNCIA: (doi: 10.1136/bjsports-2024-108125).

quinta-feira, 13 de março de 2025

EXERCÍCIO FÍSICO AJUDA A PREVENIR, TRATAR E RECUPERAR CÂNCER

Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), ressalta a importância das atividades físicas para prevenção e controle de câncer em comunicado divulgado na última semana. Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o instituto destaca que os exercícios físicos são benéficos tanto para a saúde mental quanto coletiva, além de contribuírem para o bem-estar, a qualidade de vida, a socialização, a ampliação de autonomia e a participação social. A prática regular de exercícios, segundo recomenda o Inca, pode levar à redução do risco de diversos tipos de câncer, como os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. O estímulo à atividade física, no entanto, não deve partir apenas dos pacientes. Para o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, a inovação da divulgação é justamente enfatizar o que a literatura científica traz em relação ao potencial da atividade física para a saúde em geral, não só relacionada ao câncer. Com a divulgação, o documento ajuda a desmistificar o senso comum de que o repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos.