sexta-feira, 29 de novembro de 2024

OBESIDADE E FRAQUEZA MUSCULAR = RECEITA DA MORTE PREMATURA

Alerta de saúde: a combinação de obesidade e fraqueza muscular pode estar elevando seu risco cardiovascular!
Pesquisadores dedicaram quase uma década para trazer à luz dados que nos ajudam a entender melhor os riscos associados à obesidade abdominal e fraqueza muscular em pessoas acima dos 50 anos.
O chamado “Paradoxo da Obesidade” é um conceito fascinante, onde a quantidade de gordura e a condição muscular se tornam foco de discussões entre especialistas. A gordura pode ser uma reserva energética útil, mas quando combinada com a perda de força muscular, os riscos disparam.
A relevância dessas descobertas vai além da ciência. Elas reforçam a necessidade de manter um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e alimentação balanceada, especialmente à medida que envelhecemos.
A boa notícia: a obesidade abdominal dinapênica é reversível com exercícios aeróbios, treino de força e dieta adequada.
Para saber mais sobre essa relação, arraste os cards que ilustram o post para o lado!

EXERCÍCIO FÍSICO ESTIMULA CRESCIMENTO DOS NEURÔNIOS

Estudo recente do MIT, liderado por Ritu Raman, descobriu que o exercício pode promover o crescimento de neurônios. A pesquisa mostra que a contração muscular libera miocinas, substâncias bioquímicas que estimulam o crescimento neuronal. Quando neurônios foram expostos a essas miocinas, cresceram quatro vezes mais rápido que os NÃO expostos, abrindo novas possibilidades para terapias focadas em regeneração nervosa.
Essa descoberta fornece a primeira evidência de que o exercício, por si só, pode estimular o crescimento neuronal de maneira tão eficaz quanto outros tratamentos bioquímicos. Além dos efeitos bioquímicos, os pesquisadores também investigaram como os impactos mecânicos do exercício influenciam os neurônios. Usando um tapete de gel, simularam a contração muscular e observaram que o movimento mecânico também induziu crescimento neuronal semelhante ao das miocinas. Isso sugere que tanto os efeitos bioquímicos quanto os físicos do exercício são fundamentais para promover o crescimento dos neurônios.
Essas descobertas têm grande potencial terapêutico para o tratamento de lesões nervosas e doenças neurodegenerativas. O estudo destaca que, ao estimular o músculo, pode-se incentivar a cura dos nervos, restaurando funções perdidas em casos de lesões traumáticas ou doenças. Raman acredita que essas descobertas são apenas o começo para entender como o exercício pode ser usado como uma ferramenta terapêutica para melhorar a saúde nervosa. O trabalho do MIT também abre portas para novas abordagens que exploram o exercício como medicamento, com o objetivo de restaurar a mobilidade e a função nervosa em pessoas com danos ou doenças neurodegenerativas.
Fonte

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

TENHA HORÁRIOS INEGOCIÁVEIS PARA PRATICAR EXERCÍCIO FÍSICO, SUA SAÚDE AGRADECE

Estudo com pessoas que perderam muito peso e conseguiram manter a perda mostra que a prática de exercício entre os bem-sucedidos é quase universal (90%), mas mais ainda: os bem-sucedidos em geral se exercitam em horários fixos, e quem tem horários aleatórios em geral faz bem menos. O que isso significa?
👉Que uma estratégia fundamental é adequar sua agenda aos exercícios e tratar seus horários como inegociáveis.
👉Se você olha sua agenda do dia seguinte e busca um horário para encaixar exercício, a chance de não fazê-lo é enorme. Mas se tem uma agenda já pre-definida, que não será flexibilizada com “reuniões de última hora”, a adesão é muito maior.
👉Pense nisso: sua saúde e qualidade de vida agradecerão, até porque exercícios (principalmente aeróbios) são também um excelente momento para reflexão num ambiente em que estamos 24hs por dia conectados!
Ref: Schumacher. Relacionship of consistency in timing of exercise performance and exercise leve-os among successful WL maintainers. Obesity 2019


ALARMANTE, QUASE METADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA SERÁ OBESA EM 20 ANOS

A obesidade deve fazer parte da vida de quase metade da populacão brasileira adulta nos próximos 20 anos, revela pesquisa apresentada nesta quarta-feira (26/6) no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO).
Segundo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), se as tendências atuais forem mantidas, 48% dos adultos serão obesos até 2044 (83 milhöes de pessoas), e outros 27% terão sobrepeso (47 milhões).
A prevalência de obesidade quase dobrou de 2006 para 2019, atingindo 20,3% da população adulta do país. Atualmente. 34% dos brasileiros têm obesidade. e 22% estão acima do peso.
Os autores do estudo usaram um modelo de tabela de vida para estimar os impactos do #sobrepeso e da oesidade sobre 11 doenças associadas ao indice de massa corporal (IMC) elevado, como doenças cardiovasculares, diabetes, doenca renal crônica, cirrose e #cânceres, com base em dados demográficos e epidemiológicos de pesquisas nacionais e do Estudo de Carga Global da Doença (GBD).
“Com base nas tendências atuais, a carga epidemiológica e econômica do sobrepeso e da obesidade no #Brasil aumentará significativamente, portanto políticas robustas precisam ser implementadas no país, incluindo o tratamento dos casos existentes e a prevenção do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias”, afirmam os autores do estudo.
Obesidade mais prevalente entre mulheres e negros. Mas a maior prevalência ficará concentrada entre as mulheres nos próximos seis anos. Estima-se que 30,2% terão obesidade, e 37,7%, sobrepeso em 2030. Para os homens, a estimativa é de 28,8% com obesidade, e 39,7%, com sobrepeso.
As pessoas negras e de outras etnias minoritárias também devem ser as mais atingidas. Estima-se que, em 2030, 31,1% delas terão obesidade, e 38,2%, sobrepeso. Entre as pessoas brancas, os indices são de 27,6% e 38,8%, respectivamente.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

EFEITOS DA MUSCULAÇÃO NA PRESSÃO ARTERIAL

Estudo brasileiro desenvolvido na USP investigou os efeitos da musculação na pressão arterial de hipertensos grau 1.
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O estudo contou com a participação de pessoas com pressão alta, todas de meia-idade, que interromperam o uso de medicamentos durante 6 semanas. Após 12 semanas de treino, com 3 séries de 12 repetições a 60% do máximo, os voluntários deixaram de ser hipertensos, ou seja, a pressão caiu para níveis normais, pré- hipertensivos.
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O mais interessante é que esses benefícios de uma pressão mais baixa foram mantidos por 4 semanas após o término do treinamento, mesmo sem a prática de exercícios. Isso demonstra a eficácia da musculação como uma alternativa para o controle da hipertensão.
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Conclusão: a musculação de intensidade moderada se mostrou uma estratégia eficaz para reduzir e manter baixos os níveis de pressão arterial em hipertensos, mesmo sem o uso de medicamentos. Obviamente, mantenha sempre o acompanhamento com seu médico, pois só ele poderá avaliar todas as variáveis envolvidas para tomar a melhor decisão.
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Fonte: Chronic conventional resistance exercise reduces blood pressure in stage 1 hypertensive men. J Strength Cond Res. 2012 Apr;26(4):1122-9. doi: 10.1519/JSC.0b013e31822dfc5e. PMID: 22126975

OZEMPIC

O desenvolvimento de remédio custa alguns bilhões de dólares! Para não ficar prejuízo, a indústria investe pesado nas vendas, com propagandas para médicos e pacientes e produção de pesquisas.
Não é a toa que as primeiras pesquisas costumam mostrar ótimos benefícios e pouquíssimos efeitos colaterais, e geram uma enxurrada de capas de revistas e destaques nos sites de notícias!
Mas, conforme pesquisadores independentes entram em cena, a verdade começa a aparecer. Com o Ozempic não foi diferente! O queridinho de ontem, hoje vem sofrendo muitas denúncias, especialmente pelo exagero dos potenciais benefícios e ocultação dos malefícios.
O seu composto, a semaglutida, é primariamente interessante para combater diabetes, mas o Ozempic acabou sendo usado no emagrecimento especialmente por ajudar no controle do apetite. Tanto que muitos estudos a associam o emagrecimento com as modificações na alimentação. Apesar do efeito ser útil para alguns, o benefício não compensa o custo para outros que poderiam simplesmente se alimentar melhor e se exercitar!
Mas, caso a pessoa esteja tomando o Ozempic, uma recomendação importante é observar a composição corporal. Estudos mais recentes mostram que existe uma elevada perda de massa magra com o Ozempic, alguns até sugerem que se perde a mesma quantidade de gordura e de músculos! Isso gera o aspecto flácido (cara de Ozempic) e reduz o metabolismo, facilitando o reganho de peso.
A solução seria adotar uma alimentação equilibrada e cuidar da musculação (sim, MUSCULAÇÃO), visando preservar a massa muscular e preservar o metabolismo.
Mas o problema! Pois com a popularização do uso, muita gente poderá usar sem orientação e ir atrás do Ozempic para “serem emagrecidas” e não emagrecer!