Que exercício
faz bem para saúde, previne e trata várias doenças, todo mundo sabe!
Hoje trago um estudo de Tarp et al. (2023) para tentar clarear as ideias...
O estudo acompanhou 770 pessoas (média de 55,6 anos) por cerca de 15 anos, dividindo-as em categorias de IMC e níveis de atividade física. Você pode descobrir seu IMC (índice de massa corporal) dividindo o peso, em quilos, pelo quadrado de sua altura, em metros. As classificações são: peso normal (18,5 a 24,9), sobrepeso (25 a 29,9) e obeso (>30). Considerando o grupo total, as pessoas com maiores níveis de atividade física tinham 71% menos risco de morrer. Por outro lado, as pessoas que passavam mais tempo sedentários tinha um risco 118% maior de morrer. Agora, vamos considerar que uma pessoa com excesso de peso começou a se exercitar, mas não emagreceu... será que haverá benefícios?
A resposta é SIM! Para as pessoas com obesidade e sobrepeso, a prática de maiores quantidades de atividade física reduziu em 64% o risco de morrer!
Deixe-me exemplificar. Imagina prédio, condomínio ou bairro, ok?
Se todos moradores fizessem pouca atividade física, haveria 100 mortes ao longo dos próximos anos. Mas se todos passassem a fazer muita atividade física, a quantidade de mortes seria 29. Por outro lado, se todo mudo fosse muito sedentário, haveria 218 mortes! Pegou a ideia? Agora, imagina que nesse prédio, condomínio ou bairro todo mundo tivesse obesidade ou sobrepeso e fizessem pouco exercício. Nos próximos anos, haveria 100 mortes. Se você aumentasse os níveis de atividade física, a quantidade de mortes no mesmo período seria de 36!! Sinistro, né? Olha quantas vidas seriam salvas! E a galera achando que o filé da Educação Física é meter o shape! Pense em quantas pessoas a gente não afasta dos exercícios por causa dessa visão escrota? Já parou para pensar no quando a postura de alguns estudantes e profissionais, impedem vidas de serem salvas!?
Doi: 10.1111/sms.14297
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