Você faz os exercícios rápido ou devagar?
Sabia que isso pode mudar completamente as respostas fisiológicas do seu treino? Nas aulas do @nerdflix_br, bem como no livro “Bases científica do treinamento de hipertrofia” eu disseco bem o tema e explico as mudanças, depois confira lá para expandir o conhecimento. Mas logo de cara eu adianto que acelerar o movimento vai permitir que você faça mais repetições, enquanto fazer mais lentamente permite trabalhar o músculo por mais tempo. Acelerar aumenta o gasto calórico, enquanto reduzir a velocidade pode preservar mais as articulações... enfim, são muitas perspectivas e combinações. Hoje vou mostrar comparações que equiparam o tempo total. Por exemplo, qual será a diferença entre fazer 60s de exercício rápido ou 60s devagar?
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Mang et al. (2022) colocaram jovens treinados para fazer agachamentos por 60s rápido (2010, 2 segundos na excêntrica e 1 na concêntrica) ou lento (4020) e verificaram que, apesar de ser 2 esforços máximos de 60s, os movimentos rápidos geraram maiores elevações no lactato sanguíneo (5,7 vs 4,7 mmol/l) e percepção de esforço (9,2 vs 8,8). Essas diferenças foram significativas, mas relativamente pequenas. No entanto, as maiores diferenças foram no trabalho realizado (1256,1 vs 687,2kg) e no pico da frequência cardíaca (160,2 vs 140,9bpm).
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Antes que perguntem “qual é melhor?”, lembro o que falo nas aulas: são duas maneiras diferentes de se chegar ao mesmo lugar. A opção por fazer rápido ou devagar vai depender de algumas coisas. No caso deste estudo, você poderia optar por fazer rápido se precisasse repetir o movimento mais vezes ou mobilizar cargas maiores, o que pode ser valioso para esportistas. Mas eu já preferiria fazer mais lento se estivesse com dores ou lesões. Por outro lado, eu também optaria por fazer mais devagar caso o aluno tivesse elevado risco cardiovascular, já que o aumento de frequência cardíaca pode gerar maior duplo produto e maior risco durante o esforço.
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Mais uma vez, não é uma questão de “melhor” ou “pior” e sim uma questão de “quando” e “para quem”, entenderam?
(Paulo Gentil – www.paulogentil.com
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